segunda-feira, 29 de setembro de 2008

PRAIA GRANDE: Uma História de Resistência /Lana Lourdes Pereira
PROJETO REVIVER
Como vimos, em 1979 surgiu o Projeto Praia Grande, visando recuperar e revitalizar o conjunto arquitetônico do Centro Histórico de São Luís.
No ano de 1983 o trabalho de recuperação e preservação foi paralisado, ficando o nosso patrimônio esquecido e o Projeto Praia Grande somente nos sonhos.
Já em 1987, este projeto vai ressurgir como uma nova proposta do Governo do Estado, representado na época pelo Governador Epitácio Cafeteira, cedendo lugar ao Projeto Reviver através do Decreto n° 067 de 25.05.1989. Com o objetivo de assegurar de forma definitiva a preservação do patrimônio cultural, concentrando suas ações na área da Praia Grande. O projeto foi dividido em duas etapas: a primeira que foi executada no período de 1987/1988, quando ele ainda era conhecido como Praia Grande; a Segunda etapa foi realizada em 1989, quando passou a ser conhecido como Reviver.
Na primeira etapa o projeto foi direcionado para obras prioritárias como: Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, Fábrica Cânhamo, sobrado do Largo do Comércio, sobrado da Montanha Russa, a Casa da Cidade de São Luís, Escola de Música, Albergue Solar da Amizade, Casa dos Estudantes Secundarista, Fachada da Igreja da Sé e do palácio Episcopal e Armazéns Gerais do Estado e a Casa de Cultura Josué Montello.
Na segunda etapa, o Bairro da Praia Grande teve sua estrutura urbana totalmente recuperada. Foram 107.000 m2, dentro da área tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, onde estão localizada as 15 quadras e os 200 imóveis beneficiados. As redes de água, esgoto e drenagem foram renovadas; foram construídas novas redes subterrâneas de energia elétrica e telefonia; na iluminação pública foram utilizados postes de ferro fundido, arandelas e lampiões; praças foram construídas, as calçadas foram alargada e receberam pedras de cantaria; restauraram becos e escadarias; e recobriram as ruas com calçamento de paralelepípedos.
Ao todo, nesta fase, mais de 8 mil m2 de imóveis foram restaurados e readquiriram nova função sócio-econômica com a instalação de restaurantes, bares, galerias de arte e de um Museu de Artes Visuais.
Já no ano de 1993, no Governo de Edson Lobão, era inaugurado um projeto piloto de habitação, que deu abrigo para famílias distribuídas em dez apartamentos, englobando uma população de cinqüenta pessoas, antigos moradores da Praia Grande. Este projeto vinha concretizar um dos objetivos do antigo Projeto Praia Grande, que era propiciar a permanência da população residente no Centro Histórico.
Nesse ano, o então Secretário de Cultura do Estado do Maranhão e antigo Coordenador do Projeto Praia Grande, Luís Phelipe Andrés dizia que o Governo precisava fazer a urbanização e aproveitar o que tinha-se de positivo. Dizia que os custos eram altos, porém estavam negociando com o BID, que iria financiar uma etapa do projeto, que deveria chegar até o Portinho e Desterro. Porém os recursos não chegaram e mais uma vez este projeto passou a ficar somente na boa vontade daqueles que lutam bravamente pelo patrimônio do Maranhão.
4.3.6 São Luís - Patrimônio da Humanidade
Em 23.05.1996, a Governadora Roseana Sarney, apresentou oficialmente ao Diretor Geral da UNESCO, Frederico Mayor, a proposta de inclusão do Centro Histórico de São Luís, no livro tombo do Patrimônio Mundial.
Para elaborar esta proposta foi nomeada pela governadora uma equipe nacional e internacional, composta pelos seguintes membros: Edson Fogaça, Rafael Moreira, Jean Pierre Halevy, Glauco Campelo, Sílvia Lea, Alessandro Candeas, Eliézer Moreira, Phelipe Andrés, Ronald Almeida, Frederico Burnnet e Zelinda Lima. Foi, também formada uma equipe de consultores: Dora Alcântara, Pedro Alcântara, Danilo Rocha, Carlos Lima, Mário Meireles e Albanes Ramos.
Estas equipes elaboraram um minucioso relatório e um vasto dossiê fotográfico que foram apresentado ao Conselho Internacional de Monumentos e Sítios Históricos - Icomo, órgão a serviço da UNESCO, que emitiu o parecer técnico, valendo-se também de outro dossiê elaborado pelo arquiteto Júlio Morosi, que havia sido enviado a São Luís, por este órgão.
O Bureau do Comitê do Patrimônio aprovou a inclusão de São Luís com base nos seguintes critérios da Convenção do Patrimônio Mundial.
III) Testemunho excepcional de tradição cultural;
IV) Exemplo destacado de conjunto arquitetônico e paisagem urbana, que ilustra um momento significativo da história da humanidade;
V) Exemplo importante de um assentamento humano tradicional, que é também representativo de uma cultura e de uma época.
Para o Bureau do Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO o Centro Histórico de São Luís é um exemplo excepcional de cidade colonial portuguesa, adaptada com sucesso à contemporânea e ás condições climáticas da América do Sul equatorial, e que tem conservados dentro das notáveis proporções o tecido urbano harmoniosamente integrados do ambiente que o cerca.
A área da São Luís que será declarada Patrimônio da Humanidade abrange a Praia Grande e suas adjacências, fazendo parte da zona de tombamento feito pela UNIÃO, na década de sessenta. Este é o conjunto de maior expressão histórica e volumétrica, e maior densidade construtiva e unidade arquitetônica, assentado sobre a planta urbanística de 1624, do engenheiro português Francisco Farias de Mesquita.
Em dezembro, quando a Assembléia Geral da UNESCO referendar o parecer técnico do Comitê de Patrimônio, São Luís fará parte de um seleto grupo de cidades no mundo inteiro. No Brasil esta qualificação foi concedida a Brasília, ao Bairro do Pelourinho (Salvador), às cidades de Olinda, Ouro Preto e Foz do Iguaçu, ao Santuário de Bom Jesus do Matosinho (Minas Gerais) e às missões Jesuítas de São Miguel das Missões no Rio Grande do Sul.
PRAIA GRANDE: Uma História de Resistência/ Lana Lourdes Pereira
BAIRRO DA PRAIA GRANDE
Origem:
Com o desenvolvimento da lavoura mercantil, ocorreu um crescimento em larga escala nas exportações agrícolas que produziram um arranque repentino de progresso.
O porto vai ser o grande corredor de escoamento para aquele comércio emergente, e em função deste surge o primeiro bairro comercial de São Luís.
O bairro comercial de São Luís, como em tôdas as cidades, surgiu no pôrto, na Praia Grande, assim chamado em contraposição à que lhe seguia pelo lado direito - a Praia Pequena- que desdobrava em duas outras, denominadas Trindade e Santo Antônio.A princípios era um bairro acanhado e pobre, onde despontavam grandes olhos d'água e frondosos juçarais e vivia constantemente encharcado das enxurradas que recebia do outeiro.
Segundo, César Marques, a primeira notícia sobre a formação da Praia Grande, data de 01.01.1780 quando Lisboa pedia ao governador do Maranhão a remessa de uma planta das obras que se pretendia fazer e do cais. A notícia que encontramos para a formação da Praia Grande acha-se na Provisão Régia de 1º de janeiro de 1780, pedindo-se nela de Lisboa ao governador e capitão-general do Maranhão a remessa da planta da obra, que se pretendia fazer, e de um cais, dando-se terrenos para se edificar em um ano a fim de formar uma praça regular. No mesmo ano foi indagado se os particulares fariam mesmo essas obras com segurança e brevidade. Provisão Régia de 18 de novembro do mesmo ano foi ordenado ao governador para indagar se os particulares aos quais foram concedidos terrenos na raia Grande faziam as obras projetadas com segurança e brevidade...
Esse bairro passou muito tempo sem receber nenhum tipo de cuidado do Senado da Câmara, que segundo Viveiros, não tinha nem recursos, nem gosto, para manter pelo menos a salubridade da cidade. Dom Diogo de Sousa foi o primeiro governador a se preocupar com o estado de penúria do terreiro público da cidade, lugar onde eram negociados a guarda e venda dos produtos da lavoura.
Que em cidade alguma era tão necessário o estabelecimento de um Terreiro Público para a guarda e venda dos gêneros, que os lavradores colhiam, como nesta, onde tudo chegava por mar, e ou se passava às mãos dos regatões, que os sonegavam para os vender por alto preço, portanto, e muito principalmente porque sua Majestade mandava, passava a exigir o mencionado Terreiro Público.
Em 1784, o Governador e Capitão General José Teles da Silva comunicou ao Ministro Martinho de Melo e Castro as dificuldades dos descarregamento dos navios e por isso havia mandado construir um cais em frente a Alfândega. E que ele seria prolongado pelos habitantes que recebessem terrenos para edificarem suas casas naquelas proximidades, formando, então uma praça de 40 metros.
Estas habitações geraram insatisfações entre os lavradores da cidade, que não aceitavam moradias próximas a uma praia junto da Alfândega.
Embora o Alvará Régio que permitia a construção da praça, datasse de 01.02.1798, foi somente no governo de Dom Antônio de Saldanha da Gama (1804) que foi autorizado a José da Costa Oliveira, contratador da cachaça, a construção. Já em 1805 a Câmara reclamava da pouca segurança das barracas. Mesmo assim, no mês de outubro estava concluída a nossa primeira feira que era conhecida naquela época por : celeiro público, barracão, curro e tulha. Foi esta a origem das barracas, que vimos na Praia Grande e que desapareceram há pouco tempo. Nestas barracas eram comercializados todo tipo de gênero alimentícios. Não sendo permitido a venda de carne bovina, visto que ela só podia ser comercializada no Açougue Velho ou Portinho. As posturas municipais regulamentavam o comércio, com medidas das quais destacamos: o horário de funcionamento era das 5 h as 17 h; os barraqueiros eram obrigados a manterem nas janelas dos seus aposentos uma lanterna ou lampião desde a entrada da noite até a corrida da sineta pela manhã; quem infligisse as medidas pagariam multa de dez mil réis, prisão de trinta dias, perda de gêneros, que seriam dados aos presos a ao denunciante, em partes iguais. A feira recebeu seu primeiro regulamento em 1820 e passou a funcionar com o nome de Terreiro Público ou Casa de Tulhas. Contudo, mostrando-se impraticável, esse regimento foi modificado um ano depois. O seu administrador João Antonio Garcia Abranches - o Censor - em 1828, comunicava ao presidente da Província Costa Pinto, ser o regulamento da Casa das Tulhas um verdadeiro caos, visto que aumentaram os impostos, diminuíram o tempo de pagamento, amontoaram dificuldades na fiscalização, etc. A Câmara percebendo que a administração não funcionava devido a inúmeras irregularidades decidiu extinguir as barracas em abril de 1833.
Nas fontes, fica clara a importância daquele centro para a comercialização dos produtos regionais, já que o cargo de administrador da Casa da Praça (era chamada na época) era bastante cobiçado, visto que no final da 1ª metade do séc. XIX proporcionava ao seu ocupante a soma de oitocentos mil réis e o status social. Em 1834 o governo instalou um depósito de farinha para por fim aos desmandos dos monopolizadores do produto que forçavam os lavradores a venderem seu artigo a preços baixos, pois não tinham onde guardar a carga. Desta situação surgiu a idéia do depósito, que a cada paneiro depositado cobrava a Câmara 30 réis. Mais tarde passaram a cobrar essa taxa mesmo para aqueles que descarregassem e não usassem o depósito.
Após o desaparecimento das antigas barracas da Praia Grande a população começou a reclamar, pois achava mais prático adquirir gêneros naquele setor de abastecimento. Para tentar solucionar tal problema, foi iniciada em 1855 a construção da Casa da Praça, contudo o seu término só se dará em 1861 pela Companhia Confiança Maranhense. Em 1859 incorporou-se à Companhia Confiança Maranhense tendo por fim a construção de um edifício retangular, de risco elegante, no lugar das referidas barracas, destinado para o mesmo fim. A Casa da Praça era um conjunto arquitetônico com formato quadrilátero, tendo no centro de cada uma de suas alas um portão que dava acesso a um jardim interno. Na fachada principal, colocaram uma bandeira de ferro possuindo as iniciais CM e a data de construção 1861. Em cima esculpida em lioz as armas do Império.
É importante destacar-se que a construção da Casa da Praça, depois do porto, foi de grande valia para o surgimento do bairro da Praia Grande, visto que na periferia daquele logradouro foram sendo construídos imponentes sobradões onde funcionavam os armazéns, casas comerciais e residências.
Os comerciantes também tiveram papel fundamental na urbanização deste bairro aterrando pântanos, secando os olhos d'água, roçando os manguais, construindo o cais, trapiches e até mesmo organizando a Companhia Confiança , para substituir as feias barracas do antigo Curro.
ECONOMIA COLONIAL MARANHENSE
A primeira manifestação comercial no Maranhão foi o escambo entre os franceses e indígenas, cujo principal produto era o pau-brasil.
Com o estabelecimento da França Equinocial iniciou-se a exportação de produtos como: o tabaco, a pimenta, o algodão e madeira.
De fato, o verídico cronista fala-nos na grande quantidade de tabaco que havia na Ilha Grande, planta muito procurada na Europa, e que dava bom preço na França, nas Flandres e na Inglaterra, na abundância do algodão e na pimenta. Quando os portugueses retomavam a posse das terras maranhenses demoraram um pouco para organizarem a vida de São Luís. Foi através de Simão Estácio de Oliveira que esta deixou de ser um simples quartel de tropas.
Em 1619 comunicavam ao Rei que estava instalada a primeira Câmara Municipal de São Luís. Naquela época a cidade, que teve sua primeira planta projetada por Francisco Mesquita, não passava de três caminhos quase sem casas com uma população de 300 almas.
A lavoura desenvolvida era a mandioca e o algodão, porém muito reduzida, porque a população portuguesa estava ocupada com o serviço de tropa.
O comércio externo não existia por falta de produtos para a exportação e o comércio interno era feito através de trocas, conforme a necessidade do momento.
Para resolver tal problema, começaram a chegar em terras maranhenses imigrantes. Contudo, a própria legislação portuguesa atrapalhava tal empresa. E a emigração para o Maranhão foi muita morosa. A situação da capitania maranhense era bastante difícil. Os colonos reclamavam da situação de miséria e abandono que se encontravam. Diziam que era muito séria a falta do escravo indígena, visto que não o possuíam nem para as atividades mais simples como: equipar uma canoa, buscar um feixe de lenha, pote d'água na fonte, etc.
Reclamavam que o estado de miséria era tanto que moravam em choupanas e que tinham que andar vestidos com roupas de pano de algodão grosso, da terra, tinto de preto. Muitas vezes chegava a faltar até a farinha de mandioca, alimento básico da colônia.
As primeiras tentativas para mudar tal quadro só irão surgir na segunda metade do séc. XVII. Enquanto isso, desenvolveu-se a indústria extrativa, da qual destacamos os seguintes produtos: cravo, salsaparrilha, baunilha, âmbar, canela, pau-brasil, pau-preto e urucu.
Percebe-se que a situação econômica do Maranhão nos primeiros tempos de colonização era bastante difícil. Visto que, a economia baseava-se na exploração de alguns produtos de subsistência, cuja produção mal dava para o consumo interno.
O comércio limitava-se a exportação de rolos de pano, que os nativos fiavam, para os centros da capitania e das Minas Gerais. Exportou-se mesmo, ocasionalmente em pequenas quantidades; e na falta de moeda, os novelos de fio e de panos de algodão chegaram a circular em certas regiões como tal; hábito que tanto se arraigou que no Maranhão; p.ex., exprimiam-se ainda naquelas mercadorias, em princípio do séc. XIX, os valores monetários locais
O Maranhão encontrava-se, portanto, fora do mercado externo, fazendo com que somente um navio ano a ano atracasse na ilha. Com isso o estado não possuía mão-de-obra para uma maior produção e vivia numa verdadeira miséria.
A economia maranhense só vai conseguir se desenvolver a partir da política do Primeiro Ministro de Portugal, Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, que criou a Companhia Geral do Grão - Pará e Maranhão (1755).
Era uma empresa monopolista, como a antiga que Manuel Beckman combatera, liderando uma insurreição de oposição à exploração da metrópole, destruidora dos empreendimentos nacionais. E, com o monopólio assegurado por duas décadas, realizando a navegação, estimulou a lavoura e o comércio.
A Companhia resolveu problemas crônicos de nossa lavoura, tais como: a mão-de-obra que era uma questão muito angustiante. Visto que o braço indígena não era engajado com facilidade, já que os jesuítas gozavam de privilégio de manterem a jurisdição espiritual e muitas vezes temporal. Isso gerou vários conflitos entre colonos e religiosos.
Esse problema só terminou quando o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas do Brasil, pois esses religiosos eram acusados de enriquecimento às custas dos índios.
No Brasil duas forma principalmente as questões que acirraram a disputa entre Pombal e os jesuítas: a primeira nasceu da resistência ao plano de libertação dos índios e secularização das missões eclesiásticas; a Segunda., dos sucessos relacionados com o cumprimento do tratado concertado entre Portugal e Espanha no reinado de D. João V.
A inércia financeira da economia maranhense recebeu um ânimo da Companhia através de financiamento da lavoura, legislação de fomento, empréstimos em dinheiro, instrumentos agrários, conselhos técnicos, etc.
Entre os gêneros da lavoura, os que mais receberam incentivo foram o arroz e o algodão.
O arroz produzido no Maranhão era chamado arroz vermelho ou Veneza, de péssima qualidade para a exportação, já que era miúdo, quebradiço e duro. Sendo assim, José Vieira fez a companhia fornecer gratuitamente grande quantidade de semente de arroz vindo de Carolina nos Estados Unidos.
Importando sementes das Carolinas, nos territórios inglêses do norte, atendendo à solicitação do administrador José Vieira de Sousa, a Companhia fêz distribui-las em 1765 aos agricultores maranhenses. Inicialmente o povo resistiu no entanto o Governador Joaquim de Melo e Póvoas baixou normas de penalidade (penas de multa, cadeia, calceta e surra) para aqueles que continuassem o plantio do arroz nativo. A primeira exportação deste produto parece ter sido em 1766 com 2.847 arrôbas, e devido a boa colheita, foi montada uma fábrica de soque de arroz, a margem do rio Anil. Durante todo o séc. XVIII até o séc. XIX a produção deste gênero foi bastante proveitosa para as classes conservadoras. No último ano da Companhia colheu-se 360.000 arrôbas e já no séc. XIX a carga anual era para trinta navios.
O algodão era um produto da lavoura maranhense desde o séc. XVII. Tinha uma produção insignificante e era utilizado para fiar tecidos grosseiros para vestimenta de escravos, índios e muitas vezes do próprio colono. Durante muito tempo, devido a falta de moeda, os novelos de fio e o pano foram utilizados como dinheiro.
A partir do século XVIII, este produto passará a ter um papel de destaque na Europa devido a implantação de fábricas têxteis na Inglaterra. Como o Oriente, já não conseguia mais abastecer o mercado europeu com eficiência, o Brasil vai entrar como área exportadora, no qual vai se destacar a capitania do Maranhão. Com isso, a Companhia irá incentivar seu cultivo em grande escala, irá fornecer instrumentos agrícolas, créditos aos lavradores, estabelecer navegação regular com Portugal e introduzir a mão-de-obra escrava. segundo Caio Prado Jr., essa intensificação da importação de escravos, transformou a fisionomia da sociedade maranhense, pois " o algodão apesar de branco, tornará preto o Maranhão.
A Companhia trouxe um progresso que transformou o Maranhão, em poucos decênios, numa das mais ricas e destacadas capitanias. Quando da sua extinção em 1777, já havia um grande desenvolvimento advindo da lavoura do algodão, sendo assim o Maranhão continuará em sua marcha ascendente.
Segundo Socorro Cabral, a produção destes dois produtos provocaram um verdadeiro surto de progresso material. Sendo que eles conheceram sua expansão até aproximadamente os anos 30 do séc. XIX, quando começaram a declinar as exportações do arroz e o algodão estagnou.
Em substituição a esses produtos surgiu a cultura do açúcar. A partir aproximadamente dos anos 40, grande números de lavradores, sobretudo das regiões de Alcântara, Guimarães e Viana, diante da baixa rentabilidade da produção algodoeira, passou a cultivar a cana-de-açúcar. Segundo esses senhores, a produção de açúcar apresentava, sobre a do algodão, vantagens, como menor vulnerabilidade nos preços, inexistência de fortes concorrentes, como os Estados Unidos, além da existência de regiões propícias ao cultivo de cana. Em 1870, o Maranhão possuía 500 engenhos, sendo o centro de maior produção o Vale do Pindaré e em segundo lugar Guimarães. As primeiras exportações datam dos anos 50 e o declínio dos anos 80. No início do decênio de 80, começou a funcionar o Engenho Central São Pedro, no Vale do Pindaré. Em que pese a fundação desse engenho, a situação da lavoura açucareira não se modificou, senão para se tornar ainda mais grave. As exportações, em declínio desde a década de 80, continuaram caindo, para desaparecer quase que totalmente no início do século seguinte.
ASPECTOS HISTÓRICOS DA FUNDAÇÃO DE SÃO LUÍS
(PRAIA GRANDE: Uma História de Resistência - Lana Lourdes Pereira)
Os oceanos foram os caminhos utilizados pelos conquistadores europeus, na procura de novas plagas, onde fosse possível encontrar as riquezas tão necessárias para o desenvolvimento e enriquecimento daquelas nações. Durante muito tempo, os portugueses tentaram chegar às terras maranhenses, porém, as várias expedições organizadas pelos seus donatários foram infrutíferas. Qualquer que fosse, porém a data, Luiz de Mello foi também infeliz na sua expedição, como os outros, pois naufragou também em seus baixos que o Coronel Lago conjectura serem dos Atins ou Corôa Grande, salvando-se só uma das caravelas, em que os desventurados navegantes voltavam a Portugal.. Depois da perda de Luiz Mello, nada mais se tentou para o descobrimento do Maranhão, até a invasão dos franceses.
Como se sabe, muitas são as notícias sobre incursões de franceses nas costas brasileiras. No Maranhão este contato se deu bem antes de 1594, quando Jacques Riffaut aportou em nossas terras e deixou Charles de Vaux chefiando os franceses e índios amigos.
um comércio de resgate com os índios maranhenses, que os de Ruão e Dieppe efetuavam seguramente durante os trinta e cinco anos que antecederam a chegada dos dois generais...
Em 26 de julho de 1612 os franceses aportam na Ilha de Sant'Ana para darem início a empreitada de fundar no Maranhão a França Equinocial.
Foi escolhido para sede da colônia um local mais elevado na confluência dos dois maiores rios da ilha. Construíram o forte e celebraram a primeira missa, tomando posse solenemente da terras. Por fim, dada formalmente fundada a colônia, o senhor de Razilly deu ao forte o nome de Saint - Louis, em homenagem ao rei menino, Luis XIII, de França e Navarra, de quem era loco-tenente-generais na terra; e ao ancoradouro, ao pé do Forte, e de Port de sainte-Marie, em homenagem à Virgem Mãe de Deus, pois que era aquele o dia de sua natividade, e em homenagem à Rainha - Mãe e viúva, Maria de Médici, patrocinadora da expedição. Estava fundada a França Equinocial - 8 de setembro de 1612.
A colonização francesa vai aos poucos fazendo o reconhecimento da terra, e em conjunto com os índios vão construindo o povoado com habitações feitas de madeira e cobertas por folhas de pindoba. Em pouco tempo tinham aprontados muito desses abrigos, de um ou dois pavimentos de acordo com a encomenda, além de um grande armazém, para onde foram levados de bordo mantimentos e outras coisas necessárias. Os portugueses sabendo da presença francesa em suas terras começaram a enviar as expedições com o intuito de retomarem a posse das terras. O intento apesar de muitos obstáculos se concretizou quando os portugueses venceram os franceses na batalha de Guaxenduba e assinaram o tratado de trégua. Contudo, somente com o casamento de Luís XIII com Ana da Áustria, que marcou a nova amizade de duas casas reinantes, chegava ao fim, o domínio francês em terras portuguesas. Assim o nome de São Luís, reminiscência da ocupação estrangeira e que fora mudado para São Felipe, em homenagem ao Rei da Espanha, voltaria a prevalecer depois de algum tempo.

sábado, 27 de setembro de 2008

AVISO URGENTISSÍMO!!!!
OBS: INFORME PARA O MAIOR NÚMERO DE COMPANHEIROS (AS) - LEVAR NA TERÇA-FEIRA
1. Informe corretamente:
a) Data da fundação da cidade de São Luís.
b) Nome indígena que significa “Ilha Grande”.
c) Nome dos três navios franceses que chegaram para fundar a colônia:
d) Apelido que os índios deram aos franceses.
e) Nome do comandante que expulsou os franceses em 1614.
f) Explique quais os povos que formaram São Luís.
g) Por que o povoado recebeu o nome de São Luís?
h) São Luís é conhecida pela beleza de sua arquitetura, Justifique.
i) O que era Grão – Pará, do qual a cidade também era capital?
j) Por que a cidade só aderiu à Independência do Brasil em 1823?
k) O que foi a revolta de Beckman
l) A cidade está envolta em muitas lendas. Pesquise, conte e encene uma delas.
m) Sâo Luís, além de suas belezas, tem também muitos problemas. Escreva pelo menos três deles e façam uma carta de protesto apresentando solução – (criatividade, inovação,
ATIVIDADE DE HISTÓRIA DO MARANHÃO
OBS: RESPONDER BASEADO NO TEXTO:
1. [...] a colonização do Maranhão e a fundação de são Luís não deram por iniciativa portuguesa, pois as diversas.....
2. Até os fins do século do século XVI, foram praticamente inúteis as tentativas de....
3. Em relação a São Luís, as primeiras tentativas de colonização foram feitas por....
4. Em 1554, o rei de Portugal D. João III, doou o Maranhão a ...
5. Os franceses a partir de 1594 organizaram uma esquadra com o objetivo de... se estabelecerem no Maranhão. Essa primeira tentativa coube a ....
6. Em 1612, Daniel de La Touche, o...
7. A fortaleza recebeu o nome de Forte São Luís, em homenagem a Luís XIII, rei da França, e ao...
8. O que significa o “Auto de fundação da Cidade de São Luís”?
9. Comente sobre a França Equinocial: Resumidamente.
10. Logo que aqui chegaram, os franceses buscaram um...
11. A colonização portuguesa No Maranhão iniciou-se ... o sistema de colonização tinha como objetivo
12. [...] para proteger a região dos constantes ataques estrangeiros, Felipe II (rei da França e da Espanha em virtude da União Ibérica)......
13. Em 1612, é enviado a São Luís o primeiro governador geral do Estado, .... Nesta época, São Luís e Belém já possuíam Câmaras Municipais e ...
14. A invasão holandesa no Maranhão ocorreu em.... . A conquista foi facilitada pela falta de defesa do ...
15. O maior interesse dos holandeses era pelo controle da produção açucareira, sendo que tão...
16. O proprietários de engenho aliaram-se aos padres jesuítas, pois estes últimos viam seus interesses ameaçados pelo inimigo protestante, liderados...
17. Posteriormente ocorreram mais dois confrontos, um no Outeiro da Cruz, local onde existe um cruzeiro simbolizando a vitória dos maranhenses e outro no Largo do Carmo, onde Muniz Barreiros foi ferido e morto em combate.
18. Sobre a revolta de Beckman: principais lideres, objetivo, causas , conseqüências e desfecho.
19. Comente sobre o Braço escravo africano e a miscigenação no Maranhão: quem, de onde vieram, quando,como e para que .
20 Comente sobre a Política Pombalina no Maranhão: período, objetivo, mudanças, produtos comerciais, causas, conseqüências, desfecho

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

AVISO URGENTE!!!!
Unidade Integrada Anna Adelaide Bello
Tarefas:
1. Pesquisar sobre o Centro Histórico de São Luís (Século XIX/atualidade) - Escolher prédio e/ou monumento, apresentar um cartão postal do local ou tirar fotos, reproduzir - criatividade do grupo (exposição);
2. Pesquisar: A importância do Mercado das Tulhas (Feira da Praia Grande) no século XIX/ atualidade;
apresentação: o7/10/08
3. Leitura e principais pontos do 4º capítulo (Trabalho - escravo ao livre...) 30/09/08
Meninos e meninas...
Garotas e garotas do 1 ano (matutino/vespertino), brigadão pela participação em mais uma loucura -louca que foi a elaboração do DVD- eleições brasileiras: período imperial e atualidade.
Sem a PARTICIPAÇÃO E COLOBARAÇÃO de cada um seria impossível vivenciarmos esses momentos prazerosos, lúdicos e criativos que mostraram a capacidade de assimilição, sensibilização das as problemáticas (sociais, políticas educacionais, econômicas) do país e, principalmente do nosso Estado e de nossa cidade.
E gratificação maior foi a desenvoltura que apresentaram em solucionar os problemas, que envolvem os bairrros ou reinvindicações diárias concernentes ao ambiente educacional.
Criticaram, mais também apresentaram propostas reais e viavéis as dificuldades reais.
Sei que dar um trabalhinho fazer os trabalhos de HST, GEO e outras. No entanto todos tiveram seus momentos de ESTRELA. E o mais importante, colocamos em pratica a cidadania e o conteúdo.
VOCÊS são 1000!!
Até a próxima!!!
Beijões!!!
I...........

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Brasil piora 8 posições no ranking de corrupção
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Percepção da Corrupção no Brasil se manteve estável em 2008 na comparação com o ano anterior, mas o país caiu oito posições no ranking dos países que tem menor percecpção da corrupção no setor público, ficando agora com a 80a posição, divulgou a organização não-governamental Transparência Internacional nesta terça-feira.
Mesmo com a manutenção do índice em 3,5, o Brasil aparece atrás de países como Butão, Botsuana, Gana e Seicheles na lista da ONG.
Na América do Sul, o Brasil ficou à frente de Argentina, Bolívia, Paraguai, Equador e Venezuela. O país também está empatado no ranking com Burkina Faso, Marrocos, Arábia Saudita e Tailândia.
A Transparência Internacional detectou uma "ligação fatal entre pobreza, instituições falidas e corrupção" no mundo como um todo.
De acordo com a entidade, a presença de países como Somália, Iraque e Haiti na parte de baixo do ranking mostra que o aumento da corrupção provoca um "contínuo desastre humanitário".
"Nos países pobres, os níveis de corrupção podem ser a linha divisória entre a vida e a morte, quando dinheiro para hospitais ou água potável está em questão", disse Huguette Labelle, presidente da Transparência Internacional, em comunicado.
"Porém, até mesmo nos países mais privilegiados, onde as sanções são aplicadas de forma perturbadoramente desiguais, o combate à corrupção precisa ser enrijecido", acrescentou.
Pelo segundo ano seguido, Dinamarca e Nova Zelândia lideraram o ranking de países com menor percepção de corrupção, dessa vez empatadas com a Suécia. No ano passado, a Finlândia também dividia a liderança. Haiti, Mianmar, Iraque e Somália ocupam as últimas posições.
O Índice de Percepção da Corrupção é calculado pela Transparência Internacional com base em diferentes pesquisas do setor privado e junto a consultores. O ranking conta com 180 países e considera o índice 10 como ausência de percepção de corrupção e o índice 0 como percepção total de corrupção.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ilha Bela
(Carlinhos Veloz)
Que ilha bela que linda tela conheci
Todo molejo todo chamego coisa de negro
Que mora ali
Se é salsa ou rumba balança a bunda meu boi
Deus te conserve regado a reggae
Oi oi oi oi
Que a gente segue tocado a reggae
Oi oi oi oi
Quero juçara que é fruta rara
Lambusa a cara e lembra você
E a catuaba pela calçada
Na madrugada até o amanhecer
Na lua cheia Ponta d'areia
Minha sereia dança feliz
E brilham sobrados da minha linda
São Luís
ILHA MAGNÉTICA
(CÉSAR NASCIMENTO)
Ô, Ô, Ô...
AH! QUE HORIZONTE BELO DE SE REFLETIR
OUTRO DIA ME DISSERAM QUE O AMOR NASCEU AQUI
SAIU DETRÁS DO SOL COM UM JEITO DE GURI
TANTO NOVO, QUANTO LEVE O AMOR NASCEU AQUI
PONTA D'AREIA, OLHO D'ÁGUA E ARAÇAGY...
MESMO ESTANDO NA RAPOSA EU SEMPRE VOU OUVIR BIS
A NATUREZA ME FALANDO QUE O AMOR NASCEU AQUI
Ô, Ô, Ô...
AH! QUE ILHA INEXATA QUANDO TOCA O CORAÇÃO
EU TE TOCO, TU ME TOCAS CÁ NAS CORDAS DO VIOLÃO
E, SE UM DIA EU FOR EMBORA PRA BEM LONGE DESTE CHÃO
EU JAMAIS TE ESQUECEREI SÃO LUÍS DO MARANHÃO
Cerca de 2.500 homens e mulheres adeptos do naturismo vindos de 33 países "invadiram"(10.09.08),o povoado de Jacumã (30 km de João Pessoa). Eles são participantes do 31º Congresso Internacional de Naturismo, que começou ontem e acaba sábado, na praia de Tambaba, município de Conde, localizada a 10 km da vila. No local, discutem estratégias de expansão do naturismo e eleições da federação internacional da prática. Acostumados à discrição dos praticantes habituais, que se confinam em uma faixa de areia longe dos curiosos, os moradores de Jacumã se assustaram com os novos visitantes, que também gostam de ficar nus nas pousadas da área urbana. "Para mim, ficar pelado no hotel já é uma pouca-vergonha", disse o pedreiro João dos Santos, 26. Os moradores também estão receosos com a "festa de Adão e Eva", que será realizada na sexta num restaurante. "Como será que vão chegar à cidade?", pergunta a comerciante Joelma Cavalcanti. Na tentativa de contornar a situação, pousadas vedaram suas grades e partes abertas com plástico. O presidente da Associação Naturista de Tambaba, Paulo Campos, reconheceu que a presença dos naturistas assustou, mas disse que "a situação é temporária" e que a "normalidade" voltará. A entrada no congresso é restrita a convidados e adeptos do naturismo. Na pista de acesso a Tambaba, há três barreiras, vigiadas por policiais militares e seguranças. Cem PMs tentam prevenir crimes e afastar curiosos. Grupos de vigilância florestal patrulham as matas próximas para evitar a entrada de invasores. Na última barreira, uma guia usando só chinelos e boné identifica as pessoas e convida quem ainda não está nu a tirar a roupa ali -a reportagem foi autorizada a permanecer vestida. O movimento é intenso no local. Ninguém desvia o olhar para ver quem passou. Fotos ou filmagens só se autorizadas e gracejos são tratados como insulto coletivo.
As Paraolimpíadas
São o equivalente das Olimpíadas tradicional, porém ocorre a participação somente de atletas com deficiência física. As modalidades são adaptadas (tempo, quadras, equipamentos, pistas) às necessidades físicas dos atletas. Estes jogos mostram que, apesar da deficiência física, estas pessoas conseguem se dedicar aos esportes em nível profissional. É um exemplo de integração e inclusão social e esportiva para os portadores de necessidades especiais.
Em 2008, os Jogos Paraolímpicos ocorrerão em Pequim (China), entre os dias 6 (cerimônia de abertura) e 17 de setembro (cerimônia de encerramento). Está prevista a participação de mais de quatro mil atletas de diversos países, inclusive do Brasil.
História
As Paraolimpídas foram organizadas pela primeira vez em 1960 e aconteceram na cidade de Roma (
Itália). Organizada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), esta primeira edição teve competições dos seguintes esportes: esgrima, basquete, atletismo, tênis de mesa e arco-e-flecha. Na última versão, que ocorreu na cidade de Atenas em 2004, cerca de 4 mil atletas participaram e 519 medalhas de ouro foram distribuídas. Atualmente, os Jogos Paraolímpicos são organizados pelo Comitê Paraolímpico Internacional (CPI).
Modalidades Esportivas Paraolímpicas·
Atletismo · Basquetel em cadeira de rodas· Ciclismo · Esgrima em cadeira de rodas· Futebol de 5 jogadores· Futebol de 7 jogadores· Goalball (para portadores de deficiência visual)· Halterofilismo · Hipismo · Judô · Natação · Remo · Rugbi em cadeira de rodas · Tênis em cadeira de rodas· Tênis de Mesa · Tiro · Vela· Voleibol
Curiosidade:
-
Nas Paraolimpíadas de Atenas, em 2004, os atletas brasileiros fizeram bonito e conquistaram 14 medalhas de ouro (7 na natação, 5 no atletismo, 3 no judô e 1 no futebol de 5), 12 de prata (6 no atletismo, 3 na natação, 2 no judô e 1 no futebol de 7) e 7 de bronze (5 no atletismo, 1 na natação e 1 no judô).
A MÁGICA SÃO LUIS
Oh! Ilha querida.
Das lendas e sobradões;
Da Mãe D’água, Currupiras, Saci-Pererê, Mula-sem-cabeça.
Mexendo com as emoções.
Das festas do Divino, danças de São Gonçalo, Lelê, São Benedito,
Com o tambor de criola.
Do urro do bumba-meu-boi;
Upaon-Açu, dos guerreiros, dasVitórias seculares, do milagre
Da transformação da areia em pólvora...
São Luis, Atenas Brasileira.
Ilha do Amor,
Capital Timbira.
Terra Altaneira.
De tanto fulgor.
São Luis do manuê, da canjica.
Da tiquira, da gengibirra...
Das ruas da Palma, Veado, Prazeres,
Do sol, da Manga, Trapiche, Coqueiros...
Teus becos têm histórias.
Como as da Lapa, do Couto,
Do Burgo, de tantas memórias.
Das fontes que guardam segredos,
A do Ribeirão, da Pedras, do Bispo.
Da serpente monstruosa,.
Ou das águas límpidas que matam as sedes...
São Luis dos 44 graus, 18 minutos, ao Oeste de Greenwich.
Dos 2 graus, 32 minutos ao Sul do Equador...
Não a Jamaica Brasileira.
Mas a São Luis terra de gente guerreira.
Eterna “Ilha do Amor”.
Carlos Alberto Lima Coelho
http://www.limacoelho.jor.b...
Encontrei essa peróla, e ela representa no momento as palavras que não escrevi sobre minha Sant' Louise no seu aniversário.
Aqui fica o registro dessa passagem histórica, do avivamento de uma ilha cheia de cantos e encantos, de historia e memórias, de pessoas e personalidades que circundam esse pedaço de chão.
Amor por ti sinto, Ilha bela.
Cheia de graça e algumas desgraças a te sujar.
Mas, tua beleza natural.
Tua hospitalidade e magia me encantam sempre.
Tenho admiração por esse pedaço de chão.
I....

Hoje a minha cidade completa aniversário. São 395 anos de vida e uma bela história que envolve franceses, holandeses, portugueses, e brasileiros (claro!).Ainda essa semana eu conversava com alguém e dizia que não me vejo fora de São Luís. Não somente pela beleza, praias e clima agradável, mas pelo estilo de vida que esta ilha me proporciona. Ainda livre do stress de megalópoles, e ao mesmo tempo com a possibilidade de uma vida essencialmente urbana…De qualquer forma, dentro ou fora da ilha, para os que aqui moram e para os que já foram, para os que só visitam e para os que apenas admiram de longe, São Luís continua bela e merece uma grande festa neste dia.Vale pedir que vocês se lembrem de SanLu em suas orações. (quem sabe Deus derrama um avivamento por aqui…)
São Luís, capital do Maranhão, comemorou 395 anos neste sábado, dia 8 de setembro. Detentora de epítetos diversos – Atenas e Jamaica brasileira, Ilha rebelde, Ilha do amor, Patrimônio Cultural da Humanidade e muito mais – é certamente das cidades brasileiras de maior diversidade cultural.

domingo, 7 de setembro de 2008

Só de Sacanagem (Ana Carolina)
Composição: Elisa Lucinda
Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais.
Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova? [....]
IMORTAL!!!Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final.

Valeu!!!
A interpretação da Ana Carolina desse mapa desenhado pela Elise Lucinda, representa um Brasil diarimmente sofrido.
Independência nunca houve...
Mortes,em todos sos sentidos: social,política,educacional,etc....
Não dar para gritar: comemoração ou protesto, quem vao ouvir??
Só de sacanagem mesmo....
Enfrentar a batalha constante de ser BRASILEIRO:é preciso gritar (independência ou morte) para ser sobrevivente ao final do dia.
I....
SESI – SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA
SENAI - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM
ESCOLA ANNA ADELAIDE BELLO EBEP/ NÍVEL MÉDIO
ALUNO (A): Atividade: produção textual : individual

1. As charges estão ao lado:
2. I opção
Brasil Corrupção (Unimultiplicidade) - Ana Carolina
Neste Brasil corrupção pontapé bundão. Puto saco de mau cheiro
do Acre ao Rio de Janeiro. Neste país de manda-chuvas cheio de mãos e luvas tem sempre alguém se dando bem de São Paulo a Belém. Eu pego meu violão de guerra pra responder essa sujeira . E como começo de caminho quero a unimultiplicidade onde cada homem é sozinho a casa da humanidade. Não tenho nada na cabeça a não ser o céu não tenho nada por sapato a não ser o passo. Neste país de pouca renda senhoras costurando. Pela injustiça vão rezando da Bahia ao Espírito Santo. Brasília tem suas estradas mas eu navego é noutras águas. E como começo de caminho quero a unimultiplicidade, onde cada homem é sozinho a casa da humanidade( Composição: Ana Carolina E Tom Zé).
II opção
Só de Sacanagem (Ana Carolina)Meu coração está aos pulos!Quantas vezes minha esperança será posta à prova?Por quantas provas terá ela que passar?Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde eles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam:" - Não roubarás!" " - Devolva o lápis do coleguinha!"" - Esse apontador não é seu, minha filha!"Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas-corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!Dirão: - Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba.”E eu vou dizer: ”- Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.” Dirão:" - É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”. E eu direi: - Não admito! Minha esperança é imortal! ”E eu repito, ouviram? IMORTAL!!! Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final (Composição: Elisa Lucinda
3. "O Brasil independente, nasce como nação dependente" (Gilberto Cotrim).
A temática em discussão está contido no capítulo “Os caminhos da política imperial brasileira: do Primeiro Reinado à Proclamação da República”. A partir das aulas ministradas e/ou com o apoio da charge, letra da música - Brasil Corrupção (Ana Carolina) e/ou Só de Sacanagem(ana carolina), frase, JUSTIFIQUE a situação do Brasil (passado/presente) apontando a situação politica, econômica e social, as Inconfidências (Mineira/Baiana/ atuais) e os direitos dos brasileiros afirmados na Constituição (1824/1988).
Educar é formar o cidadão do futuro!
“Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo.
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer.
Porque sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura...”
Fernando Pessoa

Assim como da aldeia se pode ver o Universo, as tecnologias nos permitem conhecer o mundo, a Terra, o Universo; atingir horizontes jamais imaginados. Viajamos milhões de quilômetros sem nem mesmo sair de casa.
Mas não são necessárias apenas tecnologias atuais, de última geração. Na educação o professor pode levar o aluno ao máximo conhecimento apenas usando a imaginação, o giz, o quadro, um mapa... Por isso, o que o professor possui e tem acesso é o que faz do momento uma viagem inesquecível à aprendizagem. Como diz o poema: “A minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer”; as minhas ferramentas de trabalho são tão poderosas como qualquer outra tecnologia, basta que eu saiba manuseá-las para que se tornem as minhas melhores aliadas. O professor não precisa de Slides, Datashow, DVD; basta usar as armas que possui. Se for apenas o livro, que utilize o livro! Transfira uma imagem do livro para o quadro ou para um cartaz, utilize um mapa e assim a viagem ficará quase perfeita.
“Sou do tamanho do que vejo e não do tamanho de minha altura”, ou seja, minha visão vai além do meu tamanho, posso enxergar o outro lado mundo, a tecnologia me permite falar e ver uma pessoa lá no Japão. Posso me comunicar com meu vizinho da casa ao lado sem vê-lo ou ouvi-lo.
Pobre não é aquele que não possui recursos e sim aquele que não consegue enxergar além do que seus olhos podem ver. E é aí que entra o papel do professor, ele precisa ver além, ser atualizado e principalmente dinâmico.
OSERVAÇÃO: Encontrei e estou repassando...
INDEPENDÊNCIA??
Por: Roberto Zaghini Jorge.

Hoje neste dia 7 de setembro o Brasil comemora sua independência, mas como de costume, de uma maneira bastante HIPÓCRITA. GASTA=SE MUITO PRA MOSTRAR QUE O BRASIL VIROU UMA GRANDE NAÇÃO, mas um país que deixa parte de sua população enfrentando a sêca sem nenhum amparo, não é nem de longe um grande país.NO INTERIOR DO PIAUÍ NUM ACONTECIMENTO QUE NÃO É O PRIMEIRO DA HISTÓRIA, comunidades inteiras enfrentam o dilema de decidir se gastam seu último dinheiro comprando água pra não morrer de sede ou se compram comida.ENQUANTO ISSO EM BRASÍLIA A BANCADA NORDESTINA, está há mais de CEM DIAS discutindo se as notas fiscais fajutas apresentadas pelo PRESIDENTE DO SENADO, Renan Calheiros, são realmente falsas e se ele deve "só por causa disso" perder, veja bem, apenas o cargo de presidente do senado.NÃO DÁ PRA ENTENDER como o presidente do país, sr. LULA vai à TV anunciar as grandezas do Brasil, na área estratégica de produção de combustível e tantas outras boas novas econômicas, enquanto isso NENHUM AVIÃO HÉRCULES foi até o Piauí levar alguma solidariedade ao povo que enfrenta a sêca.O presidente LULA ASSIM PERDE UMA GRANDE OPORTUNIDADE DE MOSTRAR QUE VEIO REALMENTE DO POVO, ao nem se quer mencionar a sêca, e nem sequer mencionar qualquer estratégia de ajuda.SINCERAMENTE chego a achar isso um CRIME CONTRA A HUMANIDADE, as pessoas que estão nestas localidades não tem condições humanas de enfrentar essa intempérie do tempo, e o BRASIL TEM A OBRIGAÇÃO DE OFERECER AJUDA.AQUELES AVIÕES HÉRCULES QUE POUSARAM NO HAITI, NO PERU, LEVANDO UMA JUSTA AJUDA, NA REALIDADE NÃO PASSAM DE UMA ESTRATÉGIA DE MARKETING, pra mostrar ao mundo que somos uma grande nação, CADÊ A GRANDE NAÇÃO QUE dá as costas a seu próprio povo, deixando-o morrer de sede no sertão?ESTÁ NA HORA DE UM TRIBUNAL INTERNACIONAL COMEÇAR A JULGAR OMISSÕES COMO ESTA COMO CRIME CONTRA A HUMANIDADE. E não é de hoje que o Brasil tem condições e tecnologia pra acabar com a sêca no nordeste e no entanto só FAZ PRODUZIR RENANS CALHEIROS da vida.ESTÁ NA HORA DE O BRASIL DECLARAR SUA INDEPENDÊNCIA DA MISÉRIA E DA CORRUPÇÃO!!
Até aqui pertence ao autor citado acima.
Depois, dou inicio a tradução de minhas angústias.
Comemoração, hem!?
Encontro este texto que parece ter sido escrito na calada da noite. No entanto, ela já tem 1 ano, e pouco ou quase nada modificou no cenário politico brasileiro.
Continua a pergunta- que independência ou morte?
Mas, morte que independência...
Dependência de tudo: finaceira não chega à todos!
Dependência: do Estado, das ONG'S, das Milícias, do tráfico de drogas e/ou de influências, dos po marginais - criminosos e corruptos que não tiveram a chance de estuadar e/ou dos que tiveram. Enfim, a falta da FALTA DE VERGONHA que assola essa nação.
Aniversário é blasfemia, seiria melhor dizer velório da saúde, da educação, ada alimentação, da justiça e dos muitos iiiiiiiis que faltam neste país.
I.....

sábado, 6 de setembro de 2008

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Embora o país tenha começado a romper os grilhões coloniais no instante em que D.João VI abriu os portos "às nações amigas", em janeiro de 1808, os fatos quer antecederam a independência do Brasil estão diretamente ligados à Revolução Liberal do Porto, que eclodiu em agosto de 1820.
Portugal era então governado pelo marechal inglês Beresford, que expulsara os franceses do país. Indignados com a situação - e com o fato de custearem a permanência de D.João VI no Brasil -, os revoltosos se aproveitaram da ida de Beresford ao Rio para deflagar o movimento. Além de forçar D.João VI a retornar a Portugal a junta provisória que assumiu o controle do país decidiu reconvocar as Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa, que, noutros tempos, eram reunidas em épocas de crise. E foi graças à intransigência das Cortes que os fatos se precipitaram, não deixando aos brasileiros outra opção que não a luta pela independência. Como Portugal não tinha uma Constituição, D.João VI foi forçado a jurar uma nova, que se baseava na Constituição espanhola de 1812.
Pelas novas regras do jogo, o Brasil - que, desde 1808, ocupava uma posição de supremacia no império português - perdia seus privilégios e teria de voltar a se submeter inteiramente ao governo da metrópole. Mas o novo regime, representativo, permitiria a participação brasileira no governo de Lisboa. O problema era que, de acordo com as novas leis, as colônias eram sub-representadas e as eleições, indiretas. Assim sendo, das 181 cadeiras das Cortes, apenas 72 poderiam ser ocupadas por deputados brasileiros - e, entre esses, havia os que eram francamente favoráveis à metrópole. Apesar dessas vantagens, as Cortes sequer esperaram que todos os representantes do Brasil chegassem a Lisboa para, em 7 de março de 1821 - com somente 46 dos 72 brasileiros presentes no plenário -, votar a emenda que simplesmente dissolvia o reino do Brasil.
Na verdade, não era difícil perceber que o propósito básico das Cortes era "recolonizar" o Brasil. Em sessões tensas e tumultuadas (foto acima), com os deputados quase trocando sopapos, as Cortes decidiram que o Brasil não apenas deixaria de ser um reino unido a Portugal como também o vice-reinado, com sede no Rio de Janeiro, não seria reestabelecido. Em vez de possuir um governo central, o Brasil seria dividido em províncias autônomas, cujos governadores (militares) seriam nomeados pelas próprias Cortes.
Foram eliminadas também todas as agências, repartições públicas e tribunais de justiça estabelecidos depois de 1807. Além disso, estavam sumariamente demitidos todos os juízes, advogados, escreventes e burocratas que ocupavam esses postos. E, como se não bastasse, as Cortes exigiam o retorno imediato a Lisboa do príncipe regente já que, na opinião dos deputados, não tendo mais o Brasil um governo central, a presença de D. Pedro no Rio passava a ser figurativa. Mas as Cortes decidiram também que não havia lugar para D.Pedro em Portugal: o príncipe deveria fazer, incognitamente, "uma viagem pela Inglaterra, França e Espanha para aprofundar sua educação, de modo a, algum dia, poder ocupar condignamente o trono lusitano".
Uma declaração de guerra não teria efeito maior: enquanto o Brasil se preparava para entrar no século 19, as Cortes propunham um retorno ao século 17. Embora as determinações fossem absurdas e injustas, D.Pedro estava decidido a cumpri-las. Afinal, as tropas portuguesas estacionadas no Rio e os comerciantes lusitanos residentes no país assim o exigiam. Mas então, em janeiro de 1822, o príncipe recebeu uma petição escrita por José Bonifácio (imagem ao lado) e assinada por toda a junta provincial de São Paulo. Era um documento poderoso, que clamava que o príncipe desafiasse as Cortes e permanecesse no Brasil. O texto, comovente, emocionou D.Pedro - e mudou o rumo da história do Brasil.
(Eduardo Bueno/Zero Hora/Agência RBS) - 07/09/2007.

Amanhã vou postar as palavras deste ano.
E aíiiiiiiiiiiii galerinha da 1ª série, Apreciem as palavrinhas do Historiador e o feriadão.
Valeu!!!