sábado, 5 de setembro de 2009

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Recuperação!!!


"Confusão no meu interior: dor, tristeza, ausência e espaço vázio - os três meses que se seguiram a última postagem!!!
Meu coração esta em constante exercício - recuperação, treino e emoções.
Minha mente em constante ebulição: criações, recriações invenções, descobertas e muito mais...
Estou na ativa novamente!!!"
01.05.09

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Macunaíma, Mário de Andrade




O romance Macunaíma (O herói sem nenhum caráter), de Mário de Andrade, foi editado em 1928, embora tenha sido escrito em quinze dias, no final de 1926, numa fazenda da família, em Araraquara, interior de São Paulo, para onde o escritor tinha ido passar uns dias. Levou consigo, naquela ocasião, os apontamentos de anos de trabalho e pesquisa sobre folclore ब्रसिलेइरो (...)
_linghttp://www.passeiweb.c_obrascompletas

O Quinze, Raquel de Queiroz




A obra foi publicada em 1930, o romance O Quinze, de Rachel de Queiroz, renovou a ficção regionalista. Possui cenas e episódios característicos da região, com a procissão de pedir chuva, são traços descritivos da condição do retirante.
O sentido reivindicatório, entretanto não traz soluções prontas, preferindo apontar os males da região através de observação narrativa.
linghttp://www.passeiweb.c_obras completas

Cidades Mortas, Monteiro Lobato


O título do livro é tomado de um texto de 1906. Cidades Mortas está entre os primeiros livros corriam o país.É no "ambiente marasmático" das pequenas cidades do Vale do Paraíba, em sua porção paulista, que o autor vai colher o material de seus escritos, alguns dos quais não podem ser considerados, propriamente, como contos. Ficam, nas palavras de Nelson Werneck Sodré, "numa espécie de limbo" - são "esboços, cenários, rascunhos de contos" que, em Cidades Mortas, discorrem sobre o cotidiano daquelas cidades, cuja decadência econômica impunha-se desde as últimas décadas do século XIX com a derrocada da produção cafeeira, deslocada para o Oeste paulista (Sodré, 1964: 416).
_linghttp://www.passeiweb.c_completas









Canãa, Graça Aranha

Canaã é o primeiro romance ideológico brasileiro em que se discute o destino histórico do Brasil. Ao mesmo tempo, Canaã representou uma ponte entre as correntes filosóficas e estéticas do final do século XIX (Realismo, Naturalismo, Simbolismo) e a revolução modernista da segunda década do século XX.
O pólo central de Canaã são os debates entre dois colonos alemães que se estabelecem no Espírito Santo: Milkau e Lentz.
_linghttp://www.passeiweb.c_completas

Auto da Compadecida, Ariano Suassuna

A obra "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, é uma peça clássica do teatro brasileiro, escrita em 1955 e publicada em 1957. Virou minissérie de televisão e ganhou uma versão para o cinema. Abordando temas universais como a avareza humana e suas amargas conseqüências, por meio de personagens populares, Suassuna, nesta obra, prepara o espectador para um desfecho moralizante conforme os preceitos do cristianismo católico.A visão cristã da vida presente no Auto traz uma concepção da religião como algo simples, agradável, doce e não como uma coisa formal e solene, difícil e mesmo penosa. Essa intimidade com Deus, e a idéia de simplicidade nas relações dele com os homens, essa compreensão da vida e fé na misericórdia, parecem aspectos primordiais no sentido religioso da obra: a compreensão das faltas humanas, atribuída à Nossa Senhora, que, como mulher, simples e do povo, explica-as e pede para elas a compaixão divina. A obra trata-se de uma farsa que é igualmente uma reflexão sobre as relações entre Deus e os homens: um milagre de Nossa Senhora, como os medievais, apresentado sob a forma de uma pantomima de circo.
_linghttp://www.passeiweb.c_completas

O Cortiço, Aluísio de Azevedo

O Cortiço foi publicado em 1890, em meio à atividade febril de produção literária a que Aluísio Azevedo se viu obrigado, em seu projeto de profissionalizar-se como escritor. Teve de escrever muitos romances e contos para atender a pedidos de editores, que procuravam corresponder ao gosto do público leitor, um gosto marcado pelo pior tipo de romantismo. Por isso, produziu muita literatura inferior, baixamente romântica, estilisticamente descuidada. Mas O Cortiço tem situação inteiramente à parte nessa produção numerosa e quase toda sem importância, pois neste livro Aluísio pôs em prática os princípios naturalistas, em que acreditava, e toda a sua capacidade artística.
_linghttp://www.passeiweb.c_completas/o/o_cortico a/livros/analises_completas/o/o_corticousca livros

Capitães de Areia, Jorge Amado

A obra Capitães da Areia foi escrita na primeira fase da carreira de Jorge Amado, e notam-se grandes preocupações sociais. As autoridades e o clero são sempre retratados como opressores (Padre José Pedro é uma exceção, mas nem tanto; antes de ser um bom padre foi um operário), cruéis e responsáveis pelos males. Os Capitães da Areia são tachados como heróis no estilo Robin Hood. No geral, as preocupações sociais dominam, mas o problema existencial dos garotos os transforma em personagens únicos e corajosos, corajosos Capitães da Areia de Salvador.
pureswf('http://downloads.passeiweb.com/banneres/120x600/paraty/banner.swf', '120', '600', 'transparent')

A República Velha (1889/1930)

Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca decretou o fim do período imperial numa quartelada quase sem força política e nenhum apoio popular (golpe militar de Estado), e o início de um período republicano ditatorial, destituindo o último imperador brasileiro, D. Pedro II, que teve de partir em exílio para a Europa, após 4 anos de ditadura com um caos e várias mortes de federalistas , negros lutando por seus direitos, entre outros, iniciou-se a era civil da República Velha, uma farsa democracial que só serviu para atrasar o país, se no Império já tinhamos PIB igual ao dos EUA , veio com a Proclamação um grande atraso econômico e constitucional. O primeiro ato dos militares republicanos foi o de aumentar o salário de cada ministro em 10 vezes o valor do que cada membro da família real recebia. Após a Primeira República, esse atraso se agigantou, aumentando a dependência externa. O Brasil de império independente, torna-se uma República dependente de várias nações por iniciativa própria e sem recursos para sustentar a imensa onda de imigrantes europeus. O nome do país mudou de Império do Brasil para Estados Unidos do Brasil.
A primeira
constituição da República do Brasil foi feita dia 15 de novembro de 1890.
[editar] República do Café com Leite
Entre
1889 e 1930, o governo foi oficialmente uma democracia constitucional e, a partir de 1894, a presidência alternou entre os estados dominantes da época São Paulo e Minas Gerais. Como os paulistas eram grandes produtores de café, e os mineiros estavam voltados à produção leiteira, a situação política do período ficou conhecida como Política do Café-com-Leite.
No
século XIX o café começou a substituir a cana-de-açúcar como o principal produto de exportação. A riqueza trazida pelo café deu fama internacional e prestígio ao Brasil, o que atraiu muitos imigrantes, principalmente da Itália e Alemanha. O país desenvolveu uma base industrial e começou a se expandir para o interior do país.
A República Velha terminou quando um golpe de estado foi implantado por
Getúlio Vargas, um civil, instituindo-o presidente provisório, até que novas eleições fossem convocadas.
Os presidentes do período foram:
1889 - Governo temporário do marechal Manuel Deodoro da Fonseca
1891 - Eleito o marechal Deodoro da Fonseca. Seu vice é o marechal Floriano Vieira Peixoto
1894 - Prudente José de Morais e Barros
1898 - Manuel Ferraz de Campos Sales
1902 - Francisco de Paula Rodrigues Alves
1906 - Afonso Augusto Moreira Pena (morreu durante o mandato)
1906 - Nilo Procópio Peçanha (vice de Afonso Pena, assumiu em seu lugar)
1910 - marechal Hermes da Fonseca
1914 - Venceslau Brás Pereira Gomes
1918 - Francisco de Paula Rodrigues Alves (morreu antes de assumir)
1918 - Delfim Moreira da Costa Ribeiro (vice de Francisco Alves, assumiu em seu lugar).
1919 - Epitácio da Silva Pessoa
1922 - Artur da Silva Bernardes
1926 - Washington Luís Pereira de Sousa (deposto pela revolução de 1930)
1930 - Junta governativa: General Augusto Tasso Fragoso, General João de Deus Mena Barreto, Almirante Isaías de Noronha


  • No Brasil, a República Oligárquica, República do “Café-com-Leite”, República Velha (termo considerado pejorativo) ou Primeira República, é o período que vai da proclamação da República, em 1889, até a Revolução de 1930.
    Com a proclamação da República, o Brasil mudou sua forma de governo, mas pouco mudou para o povo: continuaria o poder nas mãos do latifúndio, do café e da corrupção.
    A República Velha ou Primeira República (1889 - 1930) tem início em 15 de novembro de 1889, quando o marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República. Inaugurou-se assim um novo sistema de governo no país e, com o fim da monarquia, foi instalado um governo provisório, com o objetivo de consolidar e institucionalizar o novo regime com a promulgação de uma nova Constituição. Durante o governo provisório todas as instâncias do poder legislativo, do Senado às câmaras municipais, foram extintos.
    Política na Primeira República: funcionava à base da troca de favores
    O poder dos grandes fazendeiros. Com a república o número de eleitores cresceu, mas não alcançou 10% da população. Com o voto aberto, os chefes políticos locais (coronéis) continuam interferindo violentamente nas eleições. Tal sistema de dominação ficou conhecido como coronelismo.
    A economia era essencialmente agrícola (70% da população): Havia nas fazendas grande número de trabalhadores , salários miseráveis. Dependiam dos coronéis que dominavam através de empréstimos, ajuda na educação dos filhos e ajuda nos momentos de doença. Em troca dos “favores”, os coronéis exigiam que os eleitores votassem nos candidatos por ele indicados. Quem se negasse ficava sujeito à violência dos seus jagunços e pistoleiros Como o voto não era secreto, o jagunço controlava o voto de cada eleitor (voto de cabresto). Além disso, ainda tinha as fraudes: falsificação de documentos para que mortos, menores e analfabetos pudessem votar, urnas eram violadas e votos adulterados. Muitas fraudes também eram feitas na apuração dos votos.
    Rede de poder: os coronéis em cada município ou região estabeleciam alianças com outros fazendeiros para eleger o governador do estado. Depois de eleito o governador retribuía o apoio recebido destinando verbas para a construção de obras nos municípios.
    A política estadual também funcionava como troca de favores. Em virtude dessas alianças, o poder político tendia a permanecer nas mãos de um mesmo grupo. No final do mandato, cada governador passava o poder para um parente ou correligionário.
    Política dos governadores: sistema de alianças que consistiam basicamente na troca de favores.
    Campos Sales, político e fazendeiro paulista (segundo presidente civil da república) foi um dos principais responsáveis pelo sistema de alianças entre governadores de estado e o governo federal / O governadores de estado davam seu apoio ao governo federal, ajudando a eleger deputados federais e senadores favoráveis ao presidente que, em retribuição, apoiava os governadores concedendo mais verbas, empregos e favores para seus aliados políticos.
    Reproduzia no plano federal a rede de compromissos e o clientelismo que ligavam coronéis e governadores nos estados.
    Degola: não havia uma justiça eleitoral independente. Havia no Congresso a Comissão de Verificação de Poderes do Congresso, que era responsável pelos resultados eleitorais finais e pela diplomação dos eleitos.Embora órgão do Poder Legislativo, trabalhava a serviço do governo central .O trabalho da Comissão de Verificação de Poderes do Congresso consistia, na realidade, em negação da verdade eleitoral, pois representava a etapa final de um processo de aniquilamento da oposição, chamado de “degola”, executado durante toda a República Velha
    Política do café-com-leite: política de revezamento do poder nacional executada pelos estados de São Paulo - mais poderoso economicamente, principalmente devido à produção de café - e Minas Gerais - maior pólo eleitoral do país na época e produtor de leite.
    Situação econômica: com a proclamação da república não houve alterações substanciais na vida econômica brasileira, que manteve seus traços gerais.
    Economia baseada na produção de matérias-primas e gêneros tropicais destinados à exportação e sujeita às oscilações do mercado internacional. Como os principais produtossofriamaconcorrênciadeoutrospaíses,asexportações acabaram se concentrando em um único produto: o CAFÉ, Destacaram-se ainda açúcar, algodão, borracha e cacau Café - Líder das exportações. Representou quase 50% dos lucros das exportações durante quase todo o período da Primeira República. O Brasil chegou a abastecer 2/3 do mercado mundial de café. Não tinha concorrente de peso. Entusiasmados (lucros e mão-de-obra imigrante) os cafeicultores aumentaram desmedidamente as plantações.
    Resultado: a produção ultrapassou as necessidades de consumo do produto e, no início do século XX, a economia cafeeira começou a enfrentar crises de super-produção. Oferta maior que a procura: os preços caíram e acumulavam-se imensos estoques. Em 1905, esses estoques chegaram 70% do consumo mundial de um ano (11 milhões de sacas de 60kg cada)
    Solução: Convênio de Taubaté - apoiados por parlamentares, fazendeiros realizaram em 1906, em Taubaté. uma reunião com intuito de encontrar soluções paras as crises,O governo compraria o excesso da produção do café, que seriam estocados pelo para ser vendido quando os preços normalizassem. Mesmo contra a vontade, o governo aceitou a proposta.Com a compra do excedente, o preço não caía e os cafeicultores não tinham prejuízos.Os estoques do governo aumentavam e nunca aparecia uma “boa oportunidade” para vendê-los. Para os cafeicultores, que plantavam cada vez mais, o prejuízo era problema do governo, pois seus lucros estavam garantidos. Alguns investiram parte do lucro no setor industrial.
    Açúcar: vendas no mercado interno - Até 1830 era o principal produto brasileiro, perdeu a posição devido à concorrência do açúcar de beterraba produzido na Alemanha, Bélgica e França.
    Além disso, havia o açúcar de cana em Cuba e Porto Rico à tarifas preferenciais nos EUA. Passou a ser vendido no mercado internos Nas décadas seguintes entrou em decadência devido à concorrência do algodão dos EUA (mais próximo da Europa e melhor qualidade à recursos técnicos e disponibilidade de mão-de-obra).
    Algodão: Consumo interno - Entre 1821 e 1830 ocupou o 2º lugar nas importações
    Nas décadas seguintes entrou em decadência devido à concorrência do algodão dos EUA (mais próximo da Europa e recursos técnicos e disponibilidade deàmelhor qualidade mão-de-obra).
    Borracha: fugaz esplendor amazônico - produzido a partir do látex das seringueiras da Amazônia Maior reserva do mundo), tornou-se a partir de 1840 em um produto de crescente procura.
    Esplendor durou apenas 3 décadas: 1891 a 1918.Inglaterra e Holanda investiram no cultivo em suas colônias.Em 1920 a borracha brasileira não tinha mais lugar no mercado internacional - dificuldade de acesso, etc.
    Cacau: crescimento na Primeira República - Cultivado no sul da Bahia, teve destino semelhante ao da borracha no mercado externo.
    Ingleses investiram na produção de cacau na África (Costas do Ouro à Gana).
    Imigração e Industrialização: EUA, Argentina, Canadá e Brasilà países que mais receberam imigrantes na época contemporânea. 1890 a 1930 à chegaram mais de 3,5 milhões de imigrantes Incentivos e anúncios de prosperidade divulgados pelo governo brasileiro. 57% vieram para São Paulo à expansão cafeeira e incentivo do governo paulista no exterior.
    Indústria e movimento operário: Primeira República: Além do café, foi também a época em que a industrialização ganhou impulso à Produtores aplicaram parte de seus lucros na indústria.
    Crescimento industrial: Saiu de 600 fábricas (54 mil operários) para cerca de 13 mil indústrias (275 mil operários) + 233 usinas de açúcar (18 mil operários) + 231 salinas (5 mil operários).
    São Paulo concentrava 31% das indústrias à principal centro
    http://blogs.universia.com.br/metodio/2008/03/09/brasil-republica-velha/
UNIDADE INTEGRADA ANNA ADELAIDE BELLO
DISCIPLINA: HISTÓRIA SÉRIE: 2ª TURNO: MATUTINO/VESPERTINO
Tema: República Velha
1 Tarefa: Criar slides musicados (músicas a escolha do grupo);
a) Pesquisar sobre a República Velha;
b) Pesquisar as questões sociais, políticas, econômicas, religiosas e culturais da República Velha citado na obra;
c) Data: próxima aula (sexta-feira)
Livros: Auto da compadecida – Ariano Sussuana;/ O Cortiço - Aluísio de Azevedo;/ Cidades Mortas – Monteiro Lobato;
Canaã: Graça Aranha; /Macunaíma: Mário de Andrade; /Capitães de areia – Jorge Amado; /O quinze – Raquel de Queiroz.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Coisas maravilhosas

Faça a diferença no seu modo.
De pensar.
Veja a vida sempre com um toque.
De emoção.
Diga que vai gostar de transmitir.
Só o que é bom.
Nada vai destruir o que há dentro.
De você.
Força que há esperança em toda
Parte
Paz,tranqüilidade e bem viver.
Faça seu coração ser grande e,forte.
Então verás mais chegar a muito,mais.
Que tal amar o mundo.
Deixar bater bem fundo.
Sentir agradecer.
A vida é tão gostosa.
Coisas maravilhas vão te acontecer
(Ivete Sangalo)
Queridos, que possamos transformar os meses, semanas, dias, horas e minutos em "coisas maravilhosas", vamos uasr e abusar da criatividade, humor, conteúdo, harmonia,etc para assim colorirmos a história.
Vamos juntos construir a nossa história, ver os detalhes escritos e reescrever com critica, analise e alegria.
Enfeitar, modificar, investigar, transfornmar é o nosso lema.
Bom retorno as aulas.

Espero que os dias de descanso tenham fortalecido cada um de vcs.
2009, nos aguarda!!!
Muitas maluquices-malucas,para colocarmos em prática!!
Sejam bem-vindos............
Irane...(25.01.2009)

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

CAMPO DE FLORES

Deus me deu um amor no tempo de madureza,
quando os frutos ou não são colhidos ou sabem a verme.
Deus - ou foi talvez o Diabo - deu-me este amor maduro,
e a um e outro agradeço, pois que tenho um amor.
Pois que tenho um amor, volto aos mitos pretéritos
e outros acrescento aos que amor já criou.
Eis que eu mesmo me torno o mito mais radioso
e talhado em penumbra sou e não sou, mas sou.
Mas sou cada vez mais, eu que não me sabia
e cansado de mim julgava que era o mundo
um vácuo atormentado, um sistema de erros.
Amanhecem de novo as antigas manhãs
que não vivi jamais, pois jamais me sorriram.
Mas me sorriam sempre atrás de tua sombra
imensa e contraída como letra no muro
e só hoje presente.
Deus me deu um amor porque o mereci.
De tantos que já tive ou tiveram em mim,
o sumo se espremeu para fazer um vinho
ou foi sangue, talvez, que se armou em coágulo.
E o tempo que levou uma rosa indecisa
a tirar sua cor dessas chamas extintas
era o tempo rriais justo. Era tempo de terra.
Onde não há jardim, as flores nascem de um
secreto investimento em formas improváveis.
Hoje tenho um amor e me faço espaçoso
para arrecadar as alfaias de muitos
amantes desgovernados, no mundo, ou triunfantes
e ao vê-los amorosos e transidos em torno,
o sagrado terror converto em jubilação.
Seu grão de angústia amor já me oferece
na mão esquerda. Enquanto a outra acaricia
os cabelos e a voz e o passo e a arquitetura
e o mistério que além faz os seres preciosos
à visão extasiada.
Mas, porque me tocou um amor crepuscular,
há que amar diferente. De uma grave paciência
ladrilhar minhas mãos. E talvez a ironia
tenha dilacerado a melhor doação.
Há que amar e calar.
Para fora do tempo arrasto meus despojos
e estou vivo na luz que baixa e me confunde.
(Carlos Drummond)

Passa uma borboleta

Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.
Fernando Pessoa
(do “Guardador de Rebanhos” - Alberto Caeiro)

A Alma do Poeta

A alma do poeta é emoção
É ilusão.
É capaz de criar, recriar, combinar...
E ver em uma gota de água, um pedacinho do mar.
E chega, na alegria, ao êxtase mais embriagante.
E, na tristeza, a dor mais lancinante.
Sofre, morre, se dissolve.
E sorri, e respira, e encontra.
A beleza existente nas menores coisas do viver.
A alma do poeta chega até a luz, e as estrelas.
E se inflama no solE se embebe de pureza.
Nas profundezas do mar.
O poeta transforma suas mais profundas sensações.
Em cores dos sonhos mais belos.
Em sons que reproduzem a melodia da criação.
Em palavras que mudam o mundo.
A alma do poeta.
Tem tempo e sensibilidadePara parar e ver o mundo.
E ver a realidade.
Brinca de imitar Deus, na magia da criação.
A alma do poeta.
É só emoção!
(Alba Krishna Topan Feldman)
Nós somos poetas constantes
da vida
dos sonhos
dos amores.
Do nosso cotidiano
que possamos escrever,
desenhar, inventar
e reinventar a História
Em 2009.
felicidades
e muitos bjus no coração.
Irane
Era uma vez um escritor que morava em uma tranqüila praia, junto de uma colônia de pescadores. Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se inspirar, e à tarde ficava em casa escrevendo.
Certo dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, ele reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.
"Por que está fazendo isso?" - perguntou o escritor."Você não vê! --explicou o jovem-- A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar morrer se ficarem aqui na areia".
O escritor espantou-se:"Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia.
Que diferença faz? Você joga umas poucas de volta ao oceano.
A maioria vai perecer de qualquer forma".O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para o escritor."Para essa aqui eu fiz a diferença...".
Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano.
Sejamos, portanto, mais um dos que querem fazer do mundo um lugar melhor.
Sejamos a diferença!
Beijos e felicidade!!!!
Feliz 2009!!!
Boas Férias!!!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Agradecimentos

Boa Tarde!!
Alunos queridos da 1ª série do Ensino Médio (Sesi/Senai - EBEP).
Primeiramente agradecer a Deus a permissão de estarmos juntos durante o ano de 2007.
Tem momentos que explodimos de alegria, emoção, raiva, tristeza, preguiça. Enfim, tantos e tantos iiiiiis que esqueci de dizer: adoro vocês.
Sou briguenta: minha maneira de ser!!!
Sou alegre: estado permanente!!!
Sou confiante: acredito naquilo que faço!!!
Sou criativa: penso no que podemos modificar!!!
Sou elétrica: adoro mexer e remexer no que já existe!!
Sou brincalhona: tristeza não adianta!!
Sou debochada.... sou escrachada.... sou petulante... sou respondona... sou malcriada... sou palhaça.... sou mãe... sou amiga... sou colega.... sou parceira.... No tudo SOU EU SEMPRE.
Voces são meus amigos... minhas cobaias.... minha razão de trabalhar.
Tenho sempre comigo: imagem e gestos de cada um.
Busco valorizar cada um na sua singularidade.
E assim vamos colorindo, inventando e reinventando nosso cotidaiano escolar.
As aulas ficam mais alegres, gostosas e prazerosas e sem VOCÊS nada disso aconteciria.
Parabéns, parabéns e parabéns!!
Obrigada!
Valeu !
Nossa parceria em nossas maluquices- malucadas, loucuras-loucas foram perfeitas.
Desculpe pelas falhas, brigas, respostas atravessadas, etc...
Vamos tentar dar uma arrumadinha no próximo ano.
Feliz natal!!
Boas Férias!!!
Aproveitem que em 2009 novas loucuras-loucas nos aguardam!!!
Bjus no Coração...
Irane (08/12/008)

sábado, 8 de novembro de 2008

1. Eleições EUA: Barack Obama, primeiro negro a chegar à Presidência dos Estados Unidos
Artigo publicado em 05/11/2008
Com vitória arrasadora, democrata é o primeiro negro a chegar à Presidência dos Estados Unidos.Barack Hussein Obama Jr, de 47 anos, foi eleito na terça-feira, 4, o 44º presidente dos Estados Unidos. Ele será o primeiro afro-americano a ocupar o cargo. De acordo com projeções baseadas na apuração de votos e em pesquisas de boca-de-urna, o senador democrata de Illinois tem 338 votos no colégio eleitoral contra 163 de seu rival republicano John McCain. Com 75% dos votos apurados, ele tem 52,4% do voto popular, contra 47,6% do rival. Até agora, 56,4 milhões de americanos votaram no democrata e outros 48,3 milhões escolheram o republicano.
Pouco antes da meia-noite, em novembro do ano passado, Barack Obama, então em desvantagem nas pesquisas de opinião, subia ao palco em um auditório mergulhado na escuridão em Iowa, enfrentando um dos maiores nomes da política democrata, e um momento crucial, de grandes decisões. A grande virada, a partir da qual se tornaria um astro, quando se apresentara aos Estados Unidos na convenção democrata de 2004, era uma lembrança distante; sua campanha presidencial, iniciada nove meses antes, às vezes, fora bastante sem brilho. Ele sabia que o estado de Iowa poderia ser o fim - ou então o começo. Naquela noite, os democratas estavam reunidos para o jantar de comemoração do Dia de Jefferson-Jackson, em Des Moines. Menos de dois meses antes dos primeiros caucus cruciais do país, realizados em Iowa, o evento poderia ser determinante para os aspirantes à presidência. E Barack Obama, um político de bom senso e orador particularmente dotado, estava preparado para a batalha. Obama, o último candidato a falar, considerado por alguns frio e cerebral demais, esquentou a atmosfera e o público com um apelo apaixonado.
Ele condenou as mesmas "velhas campanhas segundo o manual de Washington", criticou os colegas democratas - até deu indiretamente um tapa na então favorita Hillary Clinton. "Não estou nesta campanha para satisfazer velhas ambições ou porque acredito que seja algo que eu mereço", declarou. "Nunca imaginei que estaria aqui. Sempre soube que esta jornada seria improvável Nunca participei de uma jornada que não fosse." Os milhares de pessoas que o ouviam puseram-se de pé e o aplaudiram. Ele começava o seu caminho. No ano que se passou desde então, Obama conquistou o centro do poder democrata, quebrou todos os recordes de arrecadação de fundos, e fez história ao tornar-se o primeiro negro indicado de um partido importante. A vida de Barack Obama não foi nada convencional, desde o começo. Sua biografia - mãe branca, pai africano, infância no Havaí e na Indonésia, seu trabalho numa das comunidades mais pobres do país, os estudos e a carreira de docente em algumas das universidades mais prestigiadas dos EUA - é diferente da de qualquer outro candidato à presidência.
Se por um lado esta formação eclética impulsionou sua extraordinária ascensão, por outro, o nome estrangeiro e a raça tornaram sua candidatura algo de difícil aceitação em algumas partes dos EUA. A mãe, nascida no Kansas, o pai originário do Quênia, o encontro dos dois na Universidade do Havaí, seu casamento, o nascimento de Barack - o "abençoado", em árabe - no dia 4 de agosto de 1961. A infância exótica na Indonésia, pátria do pai adotivo; a convivência com a pobreza do Terceiro Mundo.
Depois do colégio, Obama cursou o Occidental College de Los Angeles, onde mergulhou pela primeira vez na política ao discursar em um comício contra o apartheid. Mas ele queria horizontes mais largos, então atravessou o país para estudar na Universidade de Colúmbia, em Nova York, onde se formou em Ciências Políticas. Depois de Nova York, mudou-se para Chicago. Não conhecia ninguém na cidade. Aceitou um emprego que pagava pouco com uma missão formidável: motivar os pobres a participar de um sistema político que tradicionalmente os excluía.
Tinha uma Honda velha com a qual se deslocava para a sua função de organizador da comunidade pelas ruas do South Side, uns bairros pobres devastados pela perda de empregos nas siderúrgicas e nas fábricas. Obama deu então um salto gigantesco: da pobreza do South Side para a atmosfera embriagadora da Faculdade de Direito de Harvard, a escola que prepara os filhos das elites dos Estados Unidos. Depois do primeiro ano, Obama trabalhou durante um verão em um escritório de advocacia em Chicago, onde Michelle Robinson foi sua assessora, outra estudante de Direito de Harvard e produto de uma família da classe trabalhadora. Casaram-se e tiveram duas filhas.
Enquanto Obama se preparava para deixar Harvard, recebeu várias propostas de emprego. Mas retornou a Chicago para seguir a carreira política. Novamente, preferiu um emprego modesto. Entrou numa pequena firma de advocacia com muitos contatos na política, que atuava na área de direito civil. Em 1996, quando foi eleito para o Senado estadual, alguns legisladores o tacharam de liberal fechado numa torre de marfim. "Ele costumava se interessar por tudo", afirma o ex-senador estadual Denny Jacobs.
Entretanto, Obama fracassou redondamente em 2000, quando concorreu com o congressista Bobby Rush, um antigo membro dos Panteras Negras. Dois anos mais tarde, Obama decidiu aspirar a outro cargo, dessa vez no Senado federal. Ganhou as primárias bastante concorridas e logo se destacou como um astro em ascensão, impressionando o indicado democrata às eleições presidenciais, John Kerry. No outono de 2004, com uma votação esmagadora, Obama obteve a cadeira de senador dos Estados Unidos. Quase imediatamente, começou-se a falar em sua candidatura para a presidência.
Nos 22 meses de sua campanha, ele trilhou um caminho apertado, apresentando-se aos EUA como um rosto novo e como um candidato que não se enquadrava na política tradicional - mas com o conhecimento e o estofo necessários para chegar à Casa Branca. Durante toda a campanha, Obama falou de momentos de definição - depois de sua vitória inicial nos caucus de Iowa, e de meses difíceis, ganhou finalmente um número suficiente de delegados para conquistar a indicação democrata. Naquela noite de junho, ele começava a fazer história.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

AVISO URGENTE
LEIAM, COPIEM E DIVULGUEM O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL
SESI – SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRI
SENAI - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM
ESCOLA ANNA ADELAIDE BELLO EBEP/ NÍVEL MÉDIO
PROFESSORA: IRANE DA CONCEIÇÃO TURNO: MATUTINO/VESPERTINO
SÉRIE: 1ª TURMA: A/B/C/D/E/F
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM DE HISTÓRIA / 4º BIMESTRE
TAREFAS:
1. Leitura do capítulo “sociedade, cultural e cotidiano no Brasil imperial”, marcando os principais pontos, responder as questões entre o mesmo - (entregar no dia 4/11/08);
2. Baseado no capítulo “sociedade, cultural e cotidiano no Brasil imperial”. PESQUISAR os seguintes itens e/ou palavras: interpretação que o autor faz da escravidão e da abolição;sobre a organização da propriedade da terra no Brasil do final do século 19;Família “dependente, agregada”, que eram grandes proprietários rurais; leiam sobre a Lei do Ventre-Livre e a Lei Áurea passado)escravidão na atualidade e no Maranhão (presente); os significados da expressão “periferia do capitalismo” ou das palavras “periferia” e “capitalismo” e os registrem em seus cadernos capitalismo; por que Machado de Assis foi denominado de "mestre na periferia do capitalismo".
a) Biografia de Machado de Assis;
b) Sobre o romance, Memórias Póstumas de Brás Cubas (livros, revistas ou internet): algumas características (personagem central, local, reflexões, contexto social, fase realista);
3. A partir de suas pesquisas sobre a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis (livros, revistas ou internet), do filme de mesmo nome relacionar os temas abaixo com o capítulo “sociedade, cultural e cotidiano no Brasil imperial”, Sociedade e cultura maranhense na fase do Segundo Reinado, apontando trechos do mesmo e a Sociedade brasileira/ maranhense na atualidade (educação, cultura, economia, escravidão,divisão do trabalho, violência).
a) “(...) viveu numa época em que jovens brancos e ricos tinham condições para estudar e completar o ensino superior, o que faziam geralmente em Portugal (...)”; Educação (passado/presente)
b)“[...]antevia a abolição dos escravos, mas já sabia que a estrutura básica da sociedade não seria alterada [...]”; herança cultural (passado/presente)
c) [...] Ele não via o Brasil caminhando em direção a uma sociedade igualitária, democrática, pelo contrário, ele representou a forma e os mecanismos criados pela sociedade para garantir estratégias de privilégios e de exclusão[...]; Economia: (passado/presente);
d) às elites do seu tempo, ironizando o autoritarismo e a sociedade senhorial. Sociedade (passado/presente);
e)“[...]no mundo das elites, donas de escravos, em 1800; um ambiente em que predominava a preguiça e o descanso [...]”. divisão de trabalho (passado/presente);
f)“[...] a herança da escravidão ainda não foi totalmente superada. Ela subsiste no preconceito, na descriminação racial e social, na marginalização dos negros e na existência do trabalho escravo em algumas regiões de nosso país [...]. Escravidão/Preconceito racial (passado/presente);
g) “O vergalho” (capítulo)para comentar que Brás Cubas, vê uma briga na rua em que um negro bate em outro [...] o escravo, agora liberto, dono de uma quitanda, era senhor de um escravo, e acusava seu novo escravo de alcoolismo [...]O autor nos mostra nesta passagem do romance e/ou filme que a escravidão e o racismo deixaram seqüelas emocionais (passado) e, que na atualidade, independente da cor as pessoas usam de violência;
4.Fazer uma Produção textual para ser lida em sala de aula – contendo todos os pontos pedidos (educação, cultura, economia, escravidão,divisão do trabalho, violência);
5. Debate: cada grupo apresentar um representante para cada tema acima citado (educação, escravidão, economia, divisão de trabalho, sociedade,herança cultural, preconceito racial e violência);
6. Tempo do debate: 15 minutos/ tema – 3 minutos/participante
7. Produzir Folders;
8. Livre:data show, televisão, DVD _ vale a criatividade do grupo
9. Assistir o filme “Memórias Póstumas de Brás Cubas – síntese;
10. Data: 4/5/6 de Novembro de 2008.
Observação: no Blog tem algumas informações relevantes
2. As duas fases do romance de Machado de Assis.
Os romances de Machado de Assis costumam ser divididos em duas fases. Segundo o crítico e ensaísta Roberto Schwartz, no vídeo, a primeira fase, contém “romances considerados convencionais, tanto por manterem – se presos às características dos romances do século XIX como pela abordagem do contexto social”. É, por assim dizer, a fase romântica do autor. A segunda fase vem depois das crises epilépticas de Machado e é como se tivesse havido uma evolução espiritual do autor. Esta é a fase, chamada realista. Roberto Schwartz nos diz que é nesta fase que Machado de Assis “dá a pena (de escrever)” às elites do seu tempo, ironizando o autoritarismo e a sociedade senhorial. Aspectos formais de Memórias Póstumas de Brás Cubas e a segunda fase de Machado de Assis
Espaço: O Rio de Janeiro. A natureza do livro permite que o narrador dispense pouca atenção à paisagem. O que importa são as reflexões desenvolvidas ao longo dos capítulos, no mundo das elites, donas de escravos, em 1800; um ambiente em que predominava a preguiça e o descanso. Uma das raras descrições de paisagem: “O morro estava ainda nu de habitações, salvo o velho palacete do alto, onde era a capela”. (p. 121).Linguagem: o processo narrativo desse romance de Machado de Assis pode ser estudado a partir da elasticidade de sua estrutura. Claro está que ele apresenta começo, meio e fim, mas, já no início, Brás Cubas fala de sua morte, no meio fala de sua vida, e no final, remete – nos ao primeiro capítulo e encerra o livro. Nessa narrativa, o narrador inclui outros gêneros literários utilizando, por exemplo, cartas e pequenas histórias. Os capítulos são curtos e todos eles têm um título como que para orientar o leitor a não perder de vista as intenções do narrador. O estilo brincalhão e galhofeiro deste livro está aliado a uma linguagem em que as frases exigem muita atenção e reflexão. “Então, considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de os descalçar”. (p.56)
Cosmovisão do autor: a visão do mundo de Machado de Assis engloba observação aguda e análise profunda da realidade. Isto ele faz, através do humor, carregado de ironia e, também, através de um pessimismo que, longe de ser marcado pelo desespero ou pela angústia, propõe de forma irônica que se desfrutem os pequenos prazeres que a vida possa trazer, já que é impossível ser completamente feliz. Uma das célebres digressões de Brás Cubas sobre o homem: “...é uma errata pensante...cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes”. Esse modo de narrar, filosófico e cômico, aliado a outros elementos da narrativa, a linguagem e posição do narrador, por exemplo, transcorre em ritmo de Carnaval, o que levou o crítico José Guilherme Merquior a chamar o livro de “O romance carnavalesco de Machado”. Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, brincadeiras e críticas se alternam para que o narrador execute sua crítica moral e, para isso, prevalecendo – se de fértil imaginação e laboriosa reflexão. Capítulos curtos e muitas digressões, através de constantes conversas com o leitor, são possíveis porque a estrutura desse romance é elástica, permitindo divertidas manobras. O simples fato de estar na boca de um narrador defunto a tarefa de narrar, permite que o autor abuse das críticas e dos comentários sobre o modo de vida dos homens de oitocentos, sem se comprometer. As relações todas entre as pessoas permitem vislumbrar a presença de um autor, pesando os fatos e as idéias. No vídeo, afirma o ensaísta e crítico literário Roberto Schwartz sobre o modo de Machado de Assis ver a realidade em suas obras da segunda fase: “Enquanto o Machado de Assis da primeira fase tinha uma visão de quem quer colaborar para ilustrar a sociedade, para aumentar o seu brilho, para torná–la mais civilizada, o da segunda fase dizia: isto aqui não tem remédio, isto aqui só tem cara de civilizado, na verdade é completamente bárbaro...” , antes ele havia dito sobre a primeira fase: “...não tem objeções ao modo de vida da sociedade brasileira, nem ao desejo de ascensão social) - .
II.O romance Memórias Póstumas de Brás Cubas
Este livro, primeiramente, foi sendo publicado aos poucos; eram pequenas tiras que circulavam no jornal da época, chamado de folhetim. A cada dia, quem sabia ler podia, por assim dizer, assistir a sua novela.
1. Algumas Características do romance de Machado de Assis
O personagem central desta obra é Brás Cubas contando, em primeira pessoa, suas aventuras e desventuras. Ainda criança, ele se diverte montando em um escravo como se fosse seu cavalo. O narrador assim se caracteriza no capítulo nove: “Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de ‘menino – diabo’; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso".(p. 26) Acrescentando, mais adiante: “Não se conclua daqui que eu levasse todo o resto de minha vida a quebrar a cabeça dos outros nem a esconder–lhes os chapéus; mas opiniático, egoísta, e algo contemptor dos homens, isso fui; se não passei o tempo a esconder – lhes os chapéus, alguma vez lhes puxei, pelo rabicho as cabeleiras”. (p.26).O fato é que, enquanto narra, o personagem vai sendo pintado para o leitor, mas é nos capítulos iniciais do romance que ele se apresenta com mais ênfase: “Outrossim, afeiçoei – me à contemplação da injustiça humana, inclinei – me a atenuá–la, a explicá–la, a classificá–la por partes, a entendê–la não segundo um padrão rígido, mas ao sabor das circunstâncias e lugares”. No ano de 1822, Brás Cubas tinha dezessete anos e, assim, mostra-se ao leitor: “...pungia – me um buçozinho que eu forcejava por trazer a bigode. Os olhos, vivos e resolutos, eram a minha feição verdadeiramente máscula. Como ostentasse certa arrogância, não se distinguia se era uma criança com fumos de homem, se um homem com ares de menino.” (p.26). Mais traços da curiosa personalidade de Brás Cubas podem ser observados quando ele fala de Marcela, sua primeira aventura amorosa: “Primeira comoção da minha juventude, que doce que me foste! Tal devia ser, na criação bíblica, o efeito do primeiro sol, a bater de chapa na face de um mundo em flor. Pois foi a mesma coisa, leitor amigo, e se alguma vez contaste dezoito anos, deves lembrar – te que foi assim mesmo”. (p. 34).Entretanto, adiante, ao se referir, mais uma vez, a seu caso amoroso com Marcela ele diz a célebre frase: “Marcela amou – me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos”. Anos depois, quando volta a se encontrar com Marcela ela está com o rosto deformado pela varíola. Desfeito o romance com Marcela, o pai de Brás Cubas obriga – o a estudar em Portugal, Coimbra. Lá, ele bacharelou – se, mas veja o que ele afirma sobre esse fato: “Tinha eu conquistado em Coimbra uma grande nomeada de folião; era um acadêmico estróina, superficial, tumultuário e petulante, dado às aventuras, fazendo romantismo prático e liberalismo teórico, vivendo a pura fé dos olhos pretos e das constituições escritas”.(p. 42)Retorna de Coimbra, morre–lhe a mãe e ele conhece Eugênia, moça de dezessete anos, mas não chega a ter um romance com ela. Parece que Eugênia mancando de uma das pernas não combina com o narrador, manco no espírito. Sobre ela, afirma o narrador: “... foste aí pela estrada da vida, manquejando da perna e do amor, triste como os enterros pobres, solitária, calada, laboriosa, até que vieste também para esta margem.” (p.56) A certa altura da narrativa o Brás Cubas, novamente afirma sobre ela: “O pior é que era coxa. Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril; e coxa! Esse contraste faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio. Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?” (p. 54) A última mulher que aparece na vida de Brás Cubas, Eulália, com a qual ele estava disposto a casar, morre aos dezenove anos. Sobre ela, afirma o narrador: “Era notável a diferença que ela fazia de si mesma; estudava–se e estudava–me. A vida elegante e polida atraía – a, principalmente porque lhe parecia o meio mais seguro de ajustar nossas pessoas”. (p. 122) Outro caso amoroso que a história apresenta é com Virgília, filha do Conselheiro Dutra. Sobre ela, logo de saída, ao conhecê–la, diz o narrador: “...e o nosso olhar primeiro foi pura e simplesmente conjugal. No fim de um mês estávamos íntimos”. E mais adiante: “Positivamente, era um diabrete Virgília, um diabrete angélico, se querem, mas era – o, e então...” Na seqüência, perde Virgília para Lobo Neves e morre–lhe o pai. No entanto, mesmo com Vírgilia casada, eles iniciam um romance adúltero, sem que o narrador expresse o menor sentimento de culpa. Diz o narrador: “Sim senhor, amávamos. Agora, que todas as leis sociais no–lo impediam, agora é que nos amávamos deveras. Achávamo-nos jungidos um ao outro, como as duas almas que o poeta encontrou no purgatório”. Nos capítulos seguintes Brás Cubas continua a escrever versos e comentários políticos. Assim, Brás Cubas acaba solteiro e sem filhos. Depois da morte de Eulália, ele tenta se candidatar ministro, mas, em virtude da mediocridade do discurso por ele apresentado, acaba sendo rejeitado. Em seguida ele funda um jornal para atacar os políticos que não o aceitaram. Tempos depois adoece e morre. Um pouco antes de sua morte, ainda no início do livro, recebe a visita de Virgília que vem acompanhada do filho.No final do último capítulo o narrador deixa a frase célebre: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Brás Cubas, “autor – defunto”, narra em primeira pessoa um enredo caracterizado, no vídeo, pelo crítico e ensaísta Roberto Schwarz como banal. Não há em Machado de Assis preocupação de povoar a narrativa com muitos acontecimentos; ele preocupa – se muito mais com a análise das personagens através de profundas reflexões. Assim, o narrador vai conversando com o leitor e analisando a própria narrativa, interrompendo – a sucessivamente para que o leitor possa refletir sobre aquilo que está sendo lido.“O melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado. Conseguintemente, evito contar o processo extraordinário que empreguei na composição destas Memórias, trabalhadas cá no outro mundo. Seria curioso, mas nimiamente extenso, e aliás desnecessário ao entendimento da obra. A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago – me da tarefa; se te não agradar, pago –te com um piparote, e adeus”. Como nos diz Schwartz, no vídeo, a presença do narrador em Memórias “é um insulto ao leitor”.
MACHADO DE ASSIS
1. Apresentação do autor: (21 de junho de 1839. Numa casa modesta da Chácara do Livramento, na periferia do Rio de Janeiro, nascia Joaquim Maria Machado de Assis. Naquele momento, nada no ambiente que o cercava parecia indicar que o recém nascido estava destinado a se tornar o maior escritor brasileiro do século XIX e, talvez, de toda a nossa história literária. Sua cor era parda, quase negra. Seu pai, Francisco de Assis, era neto de escravos e pintor decorador, uma espécie de artista-operário que pintava paredes. Sua mãe, Maria Leopoldina, era branca de origem portuguesa. Trabalhava em serviços caseiros e fazia costuras para ajudar o marido. Embora pobres e humildes, não eram analfabetos. Pelo contrário, gostavam de ler, e é provável que seus hábitos de leitura tenham influenciado o menino. Entretanto, sua origem social e racial não contribuía para lhe tornar as coisas fáceis. Machado de Assis viveu numa época em que jovens brancos e ricos tinham condições para estudar e completar o ensino superior, o que faziam geralmente em Portugal. Ao que parece, não chegou nem mesmo a freqüentar regularmente uma escola. Sua mãe morreu muito cedo; o pai casou-se novamente, com uma brasileira Maria Inês, que passou a cuidar do menino. Aos 16 anos, já adolescente, saiu da periferia e passou a viver no centro da cidade. A essa altura da vida, já lia razoavelmente em inglês e francês. Tornou-se, então, aprendiz de tipógrafo da Tipografia Nacional e publicou seu primeiro trabalho literário, um poema, num jornal chamado A Marmota Fluminense. Passa a trabalhar no Ministério da Agricultura, a partir de 1874, numa seção que tinha entre suas funções, garantir a execução da Lei do Ventre-Livre, editada em 28/09/1871. Permaneceu nesse cargo por trinta e cinco anos, com sucessivas promoções. Escreveu para diversas revistas e jornais. Publicava críticas literárias, peças de teatro, poemas, crônicas e contos cada vez melhorem e mais interessantes. Entretanto, só lançou seu primeiro romance, Ressurreição, em 1872, quando já tinha mais de 30 anos de idade. Nessa época, ele já era bastante conhecido como jornalista e escritor.
o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas (Em 1881, era publicado) - famosa e importantíssima para a literatura brasileira, essa obra é considerada um marco: com ela se inicia um movimento literário chamado Realismo - O autor registrou o modo de ser da sociedade senhorial e escravista, para criticá-la, utilizando a ironia e mostrando a conduta artificial, insensível e egoísta da classe dominante. Ele antevia a abolição dos escravos, mas já sabia que a estrutura básica da sociedade não seria alterada. Ele não via o Brasil caminhando em direção a uma sociedade igualitária, democrática, pelo contrário, ele representou a forma e os mecanismos criados pela sociedade para garantir estratégias de privilégios e de exclusão. Por mais que mudasse, continuaria a mesma “você pode trocar de roupa sem mudar de pele”. Isto é: continuar a mesma coisa.
A grandeza de Machado de Assis está justamente aí: ao narrar histórias individuais das classes ricas, tratou com ironia e sutileza questões importantes da sociedade da época, dando ao leitor a oportunidade de também pensar sobre essas questões.Machado de Assis foi fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Deixou uma obra vastíssima, entre romances, livros de poemas, contos, crônicas e peças de teatro. Além de romances, já citados, escreveu Dom Casmurro, Quincas Borba, Helena, Iaiá Garcia, Esaú e Jacó e diversos outros. Morreu em 29 de setembro de 1908, quatro anos depois de sua mulher, Carolina Xavier de Novais, grande amor de sua vida, com a qual foi casado durante trinta anos.
Valeu galera!!
Vamos usar os remédios e principalmente divulgar as Bulas- criadas e elaboradas!
Gosto bom ou péssimo- depende de quem vai tomar.
Quanto à vcs mais uma vez PARABÉNS...........PARABÉNS............PARABÉNS.
Até a próxima MALUQUICE-MALUCA.
I.........

domingo, 26 de outubro de 2008

Escritor Eterno - Arthur Azevedo
Foi um maravilhoso escritor maranhense,que começou a se dedicar à literatura na adolescência.
Dividia o seu talento na escrita de crônicas , contos , poemas , críticas , ensaios e peças teatrais,fazendo da arte sua sobrevivência.
Viveu em uma época em que seu estadoestava expandindo a sua economia.
O seu destino seria virar um importante comerciante.
Mas foi à luta , porque deixar o seu sonho de lado não podia.
E se tornando necessário .
Estendia a mão àqueles que precisavam , pois , além de tudo , a humildade fazia parte do homemque com suas palavras a todos encantava.
Alguns anos depois de sua morte.
O poeta recebeu um agrande homenagem.
O Teatro Uniçaipassou a se chamar Teatro Artur Azevedo.
Hoje , 22 de Outubro de 2008 ,
se comemora o centenário de morte de um escritor eterno:Artur Azevedo.
Autora:Juliana Ribeiro.
1°F-vesp.