sábado, 30 de agosto de 2008

Transparências: 2º capítulo: Os caminhos da política imperial brasileira: do primeiro reinado à proclamação da república I parte


História do Brasil Colonial passagem para o Brasil Império.
A crise do Antigo Sistema Colonial e a Família Real no Brasil
1. Fim do sistema colonial brasileiro: séc. XVII, economia, deplorável;
· Agricultura: utilização de antigos procedimentos;
· Pecuária: limitava-se à produção de queijos em Minas Gerais e char-que no Rio Grande do Sul;
· Mineração: baixo rendimento, riqueza não renovável, exagero na cobrança de impostos.
· Indústria: desde 1785 foi proibida a instalação de indústrias no país;
· Comércio: limitado pelas restrições impostas pelo regime de monopólio (pacto colonial);
· Sociedade: constituída basicamente de dois grupos: grandes proprietários de terras e escravos negros que com seu trabalho sustentavam o 1º grupo.
2. Conflitos na Europa: Portugal negou-se a participar do Bloqueio Continental, se D.João aderisse ao bloqueio deixaria Portugal em situação econômica muito difícil (ingleses eram os maiores fornecedores de manufaturados consumidos no país e também os maiores compradores de mercadorias portuguesas e brasileiras).
· Tratado de Fontainebleu: (1807), França+Espanha estabelecia que Portugal e suas colônias fossem repartidas entre eles;
· Conseqüências: invasão franco-espanhola no território português obriga a família real portuguesa a fugir para o Brasil;
· 22/01/1808: chegada da família real ao Brasil - a presença da administração Real criou, aos poucos, condições para a futura emancipação da colônia.
3. Governo de D. João no Brasil:
· 28/01/1808: decreto de abertura dos portos brasileiros a todas as nações amigas, pôs fim ao monopólio comercial português sobre o Brasil (fim do pacto colonial);
· Inglaterra: era a principal interessada e beneficiada pela medida;
· Conseqüências imediatas para o Brasil:
grande nº. de empresas inglesas
se estabeleceu no Brasil;/desconhecendo as necessidades do povo
brasileiro entraram no país produtos inúteis: Carteiras para notas, patins
para gelo, urnas funerárias de madeira, etc.
· 1808: D.João assinou um alvará permitindo a instalação de indústrias no país;
· 1810: assinou o Tratado de Comércio e Navegação que, entre outras coisas, previa uma taxa de apenas 15% sobre a importação de produtos ingleses, 16% para produtos portugueses e 24% para os demais países (em seis anos todos estariam pagando a mesma T=15%);
· Resultado: os ingleses dominaram o mercado brasileiro eliminando a indústria brasileira;
· Elevou o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal (fato importante para a emancipação do Brasil);
4. Revolução de 1817: em Pernambuco;
· Nordestinos: não simpatizavam com D.João;
· Motivos: continuavam pagando impostos pesados; / o comércio era monopólio dos portugueses;
· Diferença: ao invés de terem de submeterem às ordens de Lisboa, agora estavam subordinados ao Rio de Janeiro;
· Pernambucoà lojas maçônicas divulgavam idéias políticas liberaisà elite, camadas médias e parte da Igreja.
· 1817_ estouraram a revolta: ricos comerciantes portugueses fugiram durante 10 semanas Pernambuco foi um país independente, governado por fazendeiros, comerciantes, padres, militares e juízes que inspirados nas idéias da Revolução Francesa, decretou a liberdade de imprensa à mensagem: “Viva a pátria e que acabe para sempre a tirania real”.
· O movimento recebeu a adesão da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Alagoas;
Razões do fracasso do movimento:
· desentendimentos sobre extinção da escravidão (imediata ou gradual), extensão do direito de voto aos mais pobres.
5. Revolução do Porto (1820):
· Origem: Situação político-econômica de Portugal/ país empobrecido pela guerra com Napoleão; / Portugal governado por militar inglês; / Comércio português arruinado por causa da abertura dos portos do Brasil.
· Revolução do Porto: objetivos (derrubar a administração inglesa/ promover a volta de D.João para Portugal; /elaborar uma nova Constituição para o país à fim o absolutismo português; / retomada dos antigos privilégios comerciais perdidos com a abertura dos portosà retornarem o Brasil, à condição de colônia de Portugal (restabelecer o monopólio comercial);
· D.João voltou a Portugal (26/04/1821) com seus poderes diminuídos pela nova Constituição, foi obrigado a submeter-se às Cortes Portuguesas (parlamento) que de fato passaram a governar o país.
6. Regência de D.Pedro no Brasil: presença do príncipe no Brasil e a condição de Reino Unido a Portugal e Algarves tornou-se grande motivo de descontentamento para Portugal;
· Brasil: com a partida da família real para Portugal a economia do país ficou em péssima situação.
· Final de 1820: Brasil vive momento de grande agitação política - revoluções européias, o liberalismo, crise econômica do país;
· Conseqüências: no início as notícias da Rev. do Porto atraem manifestações de apoio dos brasileiros por causa do seu caráter Liberal, Antiabsolutista e Constitucionalista - só depois é que percebem as verdadeiras intenções das Cortes portuguesas, nesse estágio, a opinião pública no Brasil se divide surgindo então:
· Partido Português: comerciantes e militares portugueses favoráveis à recolonização;
· Partido Brasileiro: proprietários rurais e elementos ligados à administração, exportação e finanças __ declaram-se monarquistas, mas se opõem à recolonização do paísà privados da liberdade de comércio à apoiaram o projeto de separação política do Brasil;
· Partido Liberal-Radical: camadas médio-urbanas e uma minoria de fazendeiros defendiam a independência, discutia idéias republicanas e até abolição da escravidão a partir de 1821, as Cortes de Lisboa procuraram diminuir o poder do príncipe regente e desse modo pôr fim à autonomia à MEDIDAS: Implantação de governo provinciais desligados do R. de Janeiro e diretamente subordinados às Cortes; / Passaram a insistir na volta do príncipe D.Pedro para Portugal. = à volta do Brasil à condição de colôniaà movimento para convencê-lo a ficarà 09/01/1822: episódio do “FICO”__ 1ª adesão pública do príncipe regente a uma causa brasileira.
7. Proclamação da Independência:
· Cortes portuguesas ameaçaram mandar tropas para o Brasil, D.Pedro recebe uma carta de J.Bonifácio propondo rompimento imediato c/a Metrópole;
· 07/09/1822 o Brasil declara-se independente [apoio das classes dominantes-à ricos proprietários de terras e escravos].



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